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Oferta liberalizada de electricidade poupa 40 milhões aos clientes domésticos

Estudo da Deloitte para a Associação Portuguesa da Energia conclui que os preços no mercado livre são 3% mais baixos do que os regulados, tendo gerado uma poupança global de 40 milhões de euros às famílias em 2013.

Bloomberg
20 de Novembro de 2014 às 13:07
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O mercado liberalizado de electricidade em Portugal proporcionou aos clientes domésticos uma poupança global de cerca de 40 milhões de euros no ano passado, face aos custos que as famílias teriam se permanecessem no mercado regulado, conclui um estudo da Deloitte para a Associação Portuguesa da Energia (APE).

 

Na sua análise a Deloitte conclui que "em 2013 o preço médio por megawatt hora (MWh) no mercado livre foi 6,9 euros inferior ao do mercado regulado, o que se traduz numa poupança de cerca de 40 milhões de euros para os consumidores do segmento doméstico".

 

De acordo com a consultora, no ano passado o custo final (incluindo taxas e impostos) da factura eléctrica no mercado regulado para as famílias correspondeu a 241,7 euros por MWh, acima dos 234,8 euros por MWh estimados para o mercado liberalizado.

 

Dados que levam o presidente da APE, Jorge Cruz Morais, a sublinhar, na apresentação do estudo, esta quinta-feira em Lisboa, que "quem mudou para o mercado livre ficou certamente melhor do que no mercado regulado".

 

O trabalho da Deloitte também destaca a trajectória de subida da factura de electricidade nos últimos anos, notando que "o preço médio com impostos do segmento doméstico teve um aumento de 14,5% entre 2011 e 2013", aumento esse que esteve relacionado, em grande medida com o agravamento da taxa de IVA de 6% para 23%.

 

Segundo o estudo da Deloitte para a APE, na estrutura do preço da electricidade em Portugal o custo da energia assume um peso de 32,7%, sendo esta a única componente em que os comercializadores têm margem para diferenciar as suas ofertas no mercado. A componente de acesso às redes, comum ao mercado regulado e ao mercado livre, pesa 45,1% na factura. Os impostos e taxas assumem um peso de 22,3%.

 

Jorge Cruz Morais sublinha que "uma boa parte dos preços que se paga não são controlados pelo comercializador". O que ajudará a explicar a fraca capacidade dos fornecedores de electricidade para lançar estratégias agressivas de descontos para angariar clientes.

 

Ainda assim, o presidente da APE considera que o processo de liberalização no mercado português de electricidade "tem sido um êxito".

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