Notícia
Noruega lança primeiros concursos eólicos offshore de olho nos leilões portugueses
O objetivo do país nórdico é alocar um total de áreas para perfazer 30 GW de energia eólica offshore até 2040. O governo norueguês está já a planear um novo anúncio de áreas eólicas offshore para 2025.
A Noruega anunciou esta quinta-feira os primeiros concursos para atribuição de áreas marítimas para a implementação de energia eólica offshore. O objetivo do país nórdico é alocar um total de áreas para perfazer 30 GW de energia eólica offshore até 2040, refere um comunicado enviado pela Embaixada da Noruega em Portugal. O governo norueguês está já a planear um novo anúncio de áreas eólicas offshore para 2025.
"Liderar a Noruega através da mudança verde é uma das nossas principais tarefas como governo. Para desenvolver ainda mais o país, a resposta para quase todas as perguntas é que precisamos de mais produção de energia", anunciou o primeiro-ministro norueguês Jonas Gahr Støre, acrescentando que estes 30 GW de eólico offshore até 2040 equivalem "à produção total de energia da Noruega no ano passado".
"Hoje é o ponto de partida e é importante manter o ritmo, disse ainda Støre.
O Ministério norueguês do Petróleo e da Energia anunciou assim um procedimento concursal para várias áreas de desenvolvimento de projetos de produção de energia renovável no mar, em duas áreas da plataforma continental norueguesa: Sørlige Nordsjø II e Utsira Nord.
"Estamos ansiosos para receber muitas candidaturas de empresas relevantes para que possamos alocar todas as áreas ainda este ano", disse o ministro do Petróleo e Energia, Terje Aasland, segundo o qual "a contribuição da indústria tem sido muito importante para o concurso anunciado".
"A Noruega tem grandes oportunidades na energia eólica offshore. A nossa área no mar é cinco vezes maior do que em terra. E há muito vento ao longo da nossa costa. Além disso, contamos com profissionais qualificados e empresas que vão contribuir para o desenvolvimento dessa tecnologia, afirmou ainda o primento-ministro Støre.
O prazo limite de inscrição para a área de Sørlige Nordsjø II é de 4 de agosto de 2023 e para a área de Utsira Nord é 1 de setembro de 2023.
Além das oportunidades para o desenvolvimento da energia eólica offshore no seu próprio país, a Noruega está também muito atenta aos desenvolvimentos desta tecnologia em Portugal e aos leilões que o Governo prometeu anunciar ainda este ano para a instação de 10 GW no mar.
Além disso, o centro português de desenvolvimento e teste de energias renováveis no mar Wavec e o norueguês MET Centre (Marine Energy Test Centre), especializado no teste de equipamentos eólicos flutuantes, estabeleceram um memorando de entendimento para trabalharem conjuntamente no desenvolvimento de novas soluções de energia limpa, na sequência da visita a Portugal do consórcio Norwegian Offshore Wind, que representa mais de 360 empresas norueguesas ligadas ao negócio eólico no mar.
"Estamos na Noruega a avançar com os nossos projetos eólicos offshore. Os dois países têm muitas semelhanças, que apelam a uma cooperação estreita entre as empresas de energia eólica offshore", disse em comunicado o diretor da Norwegian Offshore Wind, Arvid Nesse.
Apesar desta aposta nas renováveis, a Noruega é ainda um grande exportador de petróleo e gás. No ano passado, quando a Europa ficou sem abastecimentos de gás natural russo, o país transformou-se no maior fornecedor deste combustível da União Europeia, bloco do qual não faz parte mas com o qual tem um acordo de livre-comércio. Só em 2022 a Noruega exportou mais de 120 mil milhões de metros cúbicos de gás, maioritariamente por gasodutos.
"Desde setembro de 2022 o gás russo diz respeito a 8% das importações de gás da UE, o que equivale a 61 mil milhões metros cúbicos de. A Rússia já não é o principal fornecedor, é a Noruega", disse a comissária da Energia, Kadri Simson, acrescentando que a no ano passado a Europa importou 135 mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeiro (GNL, sobretudo dos Estados Unidos: 56,4 mil milhões de metros cúbicos) e conseguiu ter operacionais três novos terminais de gás natural liquefeito, com mais cinco planeados para 2023, numa capacidade total de 50 mil milhões de metros cúbicos.
De acordo com o Público, e no que diz respeito ao petróleo, no início deste ano o Ministério do Petróleo e Energia da Noruega atribuiu mais 47 licenças de exploração de energias fósseis ao largo da costa (29 no Mar do Norte, 16 no Mar da Noruega e duas no Mar de Barents) a 25 empresas, entre as quais a Conoco Phillips, a Equinor, a TotalEnergies, a Aker BP e a AS Norske Shell.
Foi uma "contribuição importante para assegurar que a Noruega se mantém como um fornecedor seguro e previsível de petróleo e gás à Europa", considerou à data o ministro do Petróleo e Energia, Terje Aasland.
"Liderar a Noruega através da mudança verde é uma das nossas principais tarefas como governo. Para desenvolver ainda mais o país, a resposta para quase todas as perguntas é que precisamos de mais produção de energia", anunciou o primeiro-ministro norueguês Jonas Gahr Støre, acrescentando que estes 30 GW de eólico offshore até 2040 equivalem "à produção total de energia da Noruega no ano passado".
O Ministério norueguês do Petróleo e da Energia anunciou assim um procedimento concursal para várias áreas de desenvolvimento de projetos de produção de energia renovável no mar, em duas áreas da plataforma continental norueguesa: Sørlige Nordsjø II e Utsira Nord.
"Estamos ansiosos para receber muitas candidaturas de empresas relevantes para que possamos alocar todas as áreas ainda este ano", disse o ministro do Petróleo e Energia, Terje Aasland, segundo o qual "a contribuição da indústria tem sido muito importante para o concurso anunciado".
"A Noruega tem grandes oportunidades na energia eólica offshore. A nossa área no mar é cinco vezes maior do que em terra. E há muito vento ao longo da nossa costa. Além disso, contamos com profissionais qualificados e empresas que vão contribuir para o desenvolvimento dessa tecnologia, afirmou ainda o primento-ministro Støre.
O prazo limite de inscrição para a área de Sørlige Nordsjø II é de 4 de agosto de 2023 e para a área de Utsira Nord é 1 de setembro de 2023.
Além das oportunidades para o desenvolvimento da energia eólica offshore no seu próprio país, a Noruega está também muito atenta aos desenvolvimentos desta tecnologia em Portugal e aos leilões que o Governo prometeu anunciar ainda este ano para a instação de 10 GW no mar.
Além disso, o centro português de desenvolvimento e teste de energias renováveis no mar Wavec e o norueguês MET Centre (Marine Energy Test Centre), especializado no teste de equipamentos eólicos flutuantes, estabeleceram um memorando de entendimento para trabalharem conjuntamente no desenvolvimento de novas soluções de energia limpa, na sequência da visita a Portugal do consórcio Norwegian Offshore Wind, que representa mais de 360 empresas norueguesas ligadas ao negócio eólico no mar.
"Estamos na Noruega a avançar com os nossos projetos eólicos offshore. Os dois países têm muitas semelhanças, que apelam a uma cooperação estreita entre as empresas de energia eólica offshore", disse em comunicado o diretor da Norwegian Offshore Wind, Arvid Nesse.
Apesar desta aposta nas renováveis, a Noruega é ainda um grande exportador de petróleo e gás. No ano passado, quando a Europa ficou sem abastecimentos de gás natural russo, o país transformou-se no maior fornecedor deste combustível da União Europeia, bloco do qual não faz parte mas com o qual tem um acordo de livre-comércio. Só em 2022 a Noruega exportou mais de 120 mil milhões de metros cúbicos de gás, maioritariamente por gasodutos.
"Desde setembro de 2022 o gás russo diz respeito a 8% das importações de gás da UE, o que equivale a 61 mil milhões metros cúbicos de. A Rússia já não é o principal fornecedor, é a Noruega", disse a comissária da Energia, Kadri Simson, acrescentando que a no ano passado a Europa importou 135 mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeiro (GNL, sobretudo dos Estados Unidos: 56,4 mil milhões de metros cúbicos) e conseguiu ter operacionais três novos terminais de gás natural liquefeito, com mais cinco planeados para 2023, numa capacidade total de 50 mil milhões de metros cúbicos.
De acordo com o Público, e no que diz respeito ao petróleo, no início deste ano o Ministério do Petróleo e Energia da Noruega atribuiu mais 47 licenças de exploração de energias fósseis ao largo da costa (29 no Mar do Norte, 16 no Mar da Noruega e duas no Mar de Barents) a 25 empresas, entre as quais a Conoco Phillips, a Equinor, a TotalEnergies, a Aker BP e a AS Norske Shell.
Foi uma "contribuição importante para assegurar que a Noruega se mantém como um fornecedor seguro e previsível de petróleo e gás à Europa", considerou à data o ministro do Petróleo e Energia, Terje Aasland.