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Norges Bank compra 49% do portefólio renovável da Iberdrola em Portugal e Espanha
O fundo soberano da Noruega entrou no mercado espanhol e português das energias renováveis ao adquirir 49% da Iberdrola por 600 milhões de euros. Nos próximos três anos o coinvestimento será superior a dois mil milhões de euros.
Esta é apenas a primeira parte do acordo, uma vez que sestá previsto um coinvestimento de mais de dois mil milhões de euros em Espanha e em Portugal para os próximos três anos. As empresas acrescentam mais de 1.300 MW de energia renovável – 674 MW já estão inscritos e o restante será incluído nos próximos meses – ao acordo assinado no ano passado, elevando a capacidade total renovável para 2.600 MW.
Da nova capacidade – os 674 MW de renováveis –, 40% são de energia eólica e os outros 60% são fotovoltaicos na Península Ibérica. Além disso, a aliança terá um adicional de 643,5 MW de capacidade solar em operação e em desenvolvimento de forma exclusiva.
"Hoje assinamos uma aliança global para avançar ainda mais no desenvolvimento de energias renováveis na Península Ibérica de uma forma mais rápida, consolidada e competitiva. Acreditamos que acordos deste tipo permitem-nos combinar nossa experiência em energia limpa com a solidez financeira do Norges Bank Investment Management, um parceiro líder, com quem já trabalhamos há vários anos", disse o presidente executivo da Iberdrola, Ignacio Galán, durante o Fórum Económico Mundial, que está acontecer em Davos até sexta-feira.
Já Nicolai Tangen, CEO do Norges Bank Investment Management, afirmou: "Este novo e importante acordo aumenta a nossa presença em Espanha e representa nosso primeiro passo em Portugal. Esperamos incorporar mais projetos atraentes de infraestrutura renovável no futuro".
Este portfólio renovável terá a capacidade de abastecer mais de 400.000 residências por ano, resultando em mais de 350.000 toneladas de CO2 evitadas por ano.
No seu plano estratégico até 2025, a Iberdrola tem como meta vender 4,9 mil milhões de euros em ativos próprios e angariar ainda 2,6 mil milhões de euros adicionais através da alienação de participações minoritárias em projetos de energia limpa.