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Moreira da Silva conta como foi conhecer o Papa Francisco
O ministro do Ambiente foi recebido no Vaticano pelo Sumo Pontífice. Elogia o seu papel no combate às alterações climáticas a três meses da cimeira em Paris sobre as alterações climáticas.
Jorge Moreira da Silva mais os restantes 27 ministros do Ambiente da União Europeia foram recebidos pelo Papa esta quarta-feira, 16 de Setembro.
"Considero muito importante o papel do Papa, porque o que está em causa é o diálogo e uma negociação que não deve ser apenas entre os negociadores de 200 países", contou.
A preocupação do Papa pelo ambiente revelou-se este ano com a publicação da Encíclica Laudato Si em Junho - uma mensagem para a Igreja Católica, mas também para os fiéis - onde apela ao combate global às alterações climáticas e ao fim da degradação ambiental.
O ministro defende que a "mensagem e a acção de um líder com a importância planetária do Papa assume uma enorme relevância", pois as negociações para a cimeira de Paris saíram assim da mesa da "ONU e dos negociadores políticos e técnicos" para passarem a ser um "tema planetário e de preocupação global".
Sobre a Encíclica, o ministro considera que Francisco fez um apelo que "muitos de nós defendemos há anos": "a alteração de padrões de consumo e de produção. E o princípio de solidariedade inter-geracional, que ele designa pela conversão tecnológica: os crimes contra o Planeta são crimes contra nós próprios".
A nível pessoal, o ministro é peremptório na sua opinião sobre Francisco: "Gostei de o conhecer. E tive a oportunidade de transmitir o desejo de que seja possível termos a sua visita o mais breve possível a Portugal".
"Todos os portugueses têm a expectativa de que ele possa visitar Portugal com a maior brevidade. E também eu, durante os cumprimentos, lhe transmiti esta expectativa de que seja possível termos a sua visita" sublinhou.
A caminho para a cimeira de Paris, o ministo sublinha que a União Europeia transmitiu hoje ao Papa que está totalmente empenhada no alcançar de um "acordo ambicioso e abrangente, e também custo-eficiente, em Paris", onde 200 países vão tentar chegar a acordo para substituir o Protocolo de Quioto que regula as emissões de gases nocivos para a atmosfera.