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Expresso: Estado estuda voltar ao capital da REN

O semanário avança, na edição deste sábado, que uma das possibilidades passaria pela compra da posição da Oman Oil na empresa. 

02 de Fevereiro de 2019 às 10:52
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O Governo terá começado, nas últimas semanas, a estudar a possibilidade de voltar a ter uma participação no capital da REN, avança o Expresso na edição deste sábado. Para isso, estaria a analisar a comprar da posição de um dos acionistas de referência. O objetivo seria contrabalançar a posição que é atualmente detida pelos chineses da State Grid, que controlam 25% da companhia liderada por Rodrigo Costa.

Entre as opções em cima da mesa seria a compra da posição da Oman Oil, que detém 12% da empresa. No entanto, o valor a pagar por uma participação com esta dimensão pode ser um entrave à concretização da operação. Isto porque, tendo em conta o valor de mercado de 1,7 mil milhões de euros da REN, uma posição de 12% ficaria avaliada em 208 milhões de euros.

Além disso, também a Oman Oil, segundo fontes citadas pelo jornal, não estará interessada em desfazer-se desta posição.

O Expresso cita, contudo, quatro fontes que pediram para não serem identificadas, que adiantam que o regresso do estado ao capital da REN começou a ser analisado, em janeiro. Esta seria até uma solução que permitiria ao Governo ganhar apoio político à esquerda, tendo em conta que Bloco de Esquerda e PCP sempre se opuseram à privatização da REN.
 

Outra fonte frisa que esta possibilidade pode estar a ser motivada pela intenção do Governo de tentar ajudar a resolver a questão regulatória que está a impedir a oferta pública de aquisição (OPA) da CTG sobre a EDP. Isto porque uma posição relevante do Estado poderia ajudar a dirimir o problema de separação entre produção e transporte de energia em que o Estado chinês está envolvido por ser o dono dos principais acionistas da REN e da EDP, através da State Grid e da CTG, respetivamente.

O Expresso lembra ainda que a entrada do Estado na REN poderia ajudar a resolver outro problema, uma vez que a certificação como operador independente da rede de transporte de eletricidade para ser renovada requer que a empresa prove à ERSE que o seu controlo está totalmente desligado do controlo da empresa dominante na produção de energia em Portugal, isto é, a EDP.
 

Apesar disso, podem ser vários os entraves encontrados, nomeadamente resistências entre os acionistas da empresa. 
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