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EDP encaixa 750 milhões com securitização do défice tarifário de 2013

Eléctrica optou por alienar à Tagus o direito de receber o valor do défice tarifário acumulado no passado, uma operação que gerou um encaixe de 750 milhões de euros para a companhia liderada por António Mexia.

O Haitong avalia as acções da EDP em 3,35 euros, o que implica um potencial de valorização 19%. A recomendação é de comprar.

O banco de investimento assinala que a EDP está a negociar com “múltiplos muito atractivos”, apesar dos factores favoráveis que deverão impulsionar os resultados no segundo semestre, tais como as boas condições na geração de energia e a valorização do real. Se a avaliação da EDP tivesse em conta os preços-alvo da Haitong para a EDP Renováveis e EDP Brasil, e não as cotações actuais, a avaliação da EDP seria de 3,63 euros.

O Haitong destaca que a cotada liderada por António Mexia está exposta ao risco soberano de Portugal, pelo que um agravamento nos “spreads” da dívida portuguesa “terá um impacto negativo na acção”. Isto apesar de a EDP estar a reduzir o endividamento, o custo da dívida (30 pontos base entre 2016 e 2018) e ter as suas necessidades de financiamento cobertas até 2019.
Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 26 de Março de 2014 às 14:19
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A Energias de Portugal anunciou esta quarta-feira, 26 de Março, que decidiu ceder, de forma plena e sem recurso à Tagus, uma parcela do défice tarifário de 2013, e respectivos juros, por um montante de 750 milhões de euros.

 

A eléctrica liderada por António Mexia repete assim operações já realizadas no passado, pois a EDP Serviço Universal (EDP SU) tem optado sempre por securitizar os défices tarifários, o que implica um encaixe mais reduzido, mas mais rápido, da dívida que resulta com a actualização das tarifas de electricidade. Desta forma, a EDP garante já o recebimento de todo o défice tarifário acumulado no passado.

 

Em Fevereiro a EDP tinha já efectuado uma operação de securitização de défice tarifário no valor de 138 milhões de euros.

 

Segundo um comunicado da EDP, o défice tarifário de 2013 resultou do diferimento por 5 anos da recuperação do sobrecusto de 2013 relacionado com a aquisição de energia aos produtores em regime especial, sendo que “o montante em dívida à EDP SU antes desta oferta de securitização era de aproximadamente 1,1 mil milhões de euros”.

 

A Tagus  financiou a aquisição desta parcela do défice tarifário através da emissão de 750 milhões de euros de instrumentos de dívida sénior, com uma yield de 3%. A StormHarbour Securities LLP actuou como sole arranger e o Banco Santander Totta S.A., J.P. Morgan e StormHarbour Securities LLP actuaram como joint lead managers da transacção.

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