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EDP vende 15,5% do défice tarifário de 2021 por 271 milhões
A elétrica liderada por Miguel Stilwell de Andrade acordou vender uma parcela do défice tarifário do próximo ano. Em causa estão 271 milhões de euros.
A SU Eletricidade, S.A. (SU), comercializador de último recurso do sistema elétrico português, detida a 100% pela EDP, acordou a venda sem recurso, através de cinco transações individuais, de 15,5% do défice tarifário de 2021 relativo ao sobrecusto com a produção em regime especial, por um montante de 271 milhões de euros, segundo o comunicado divulgado pela elétrica junto da CMVM.
Este défice tarifário resulta do diferimento por cinco anos da recuperação do sobrecusto de 2021 com a aquisição de energia aos produtores em regime especial (incluindo os ajustamentos de 2019 e 2020), explica o documento da empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade.
A dívida tarifária é gerada para que os sobrecustos anuais com os incentivos à produção de eletricidade em regime especial não sejam refletidos logo na factura, o que iria provocar um aumento abrupto dos preços da luz.
Ao criar um passivo, atira-se para o futuro o pagamento gradual do valor que a EDP Serviço Universal tem a receber pela compra da eletricidade, diluindo assim os efeitos dos sobrecustos nas faturas das famílias e empresas.
De forma a receber o dinheiro mais cedo, a EDP tem vindo a desfazer-se gradualmente da dívida tarifária que detém, passando para terceiros os recebimentos futuros.