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EDP encaixa 515 milhões com venda à Total de ativos em Espanha

A elétrica portuguesa vai vender à Total uma central térmica e parte da carteira comercial no país vizinho, numa operação que deverá ficar concluída no segundo semestre deste ano.

Lusa
18 de Maio de 2020 às 07:37
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A EDP vai encaixar 515 milhões de euros com a venda à Total de uma central térmica e parte da carteira comercial em Espanha.

 

O acordo entre as duas empresas, divulgado esta segunda-feira, 18 de maio, envolve a venda, por parte da EDP, de dois grupos da central de ciclo combinado de Castejón (Navarra), com 843 MW de potência, o negócio comercial de clientes residenciais em Espanha e a participação de 50% na CHC Energia, joint-venture com a CIDE para comercialização de energia neste segmento.

 

A transação, que está ainda dependente de luz verde das entidades reguladoras, enquadra-se no Plano Estratégico 2019-2022 do grupo EDP e deverá ser concretizada ainda no segundo semestre deste ano.

 

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por António Mexia explica que a operação reforça o perfil de baixo risco da EDP, ajudando a reforçar o peso das atividades contratadas e reguladas de longo prazo no EBITDA e a acelerar a desalavancagem financeira, permitindo uma melhoria nos resultados.

 

"Esta é uma excelente operação para a EDP que, mais uma vez, realça a qualidade dos nossos ativos, mas também a nossa sólida capacidade de execução, pois continuamos a criar valor significativo com a estratégia de otimização de portefólio definida no nosso plano de negócios", afirma António Mexia, citado no comunicado. "Após este acordo, a EDP manterá mais de 95% do EBITDA em Espanha, que é um dos nossos mercados estratégicos e onde continuaremos a investir na geração, redes e fornecimento de renováveis, tanto no segmento B2B como no novo ‘downstream’".

 

A EDP adianta que continuará a investir em Espanha em novas centrais de energia renovável e na transformação de centros de produção já existentes, como a Central de Aboño (Astúrias), assim como a melhorar as redes elétricas e a oferecer uma ampla gama de serviços às empresas.

 

No país vizinho, a elétrica portuguesa vai continuar a empregar mais de 1.550 pessoas.

Os analistas do CaixaBank BPI consideram que este negócio "segue os rumores na imprensa espanhola no início de março, falando de um potencial interesse da Total no portefólio da EDP". Quanto aos números que protagonizaram a transferência, consideram ter sido "em linha com o esperado", acreditando que este "foi um acordo positivo para a EDP do ponto de vista estratégico", segunda uma nota de hoje.

 

Apresentado em março de 2019, o Plano Estratégico da EDP promete transformar a elétrica numa empresa ‘verde’ essencialmente através de três pontos: otimização do portefólio, investimento nas renováveis e desalavancagem. Cerca de um ano e dois meses depois da apresentação, a EDP diz ter cumprido já 65% da meta total de venda e rotação de ativos com "impacto positivo na dívida líquida da empresa".

 

Os números do primeiro trimestre deste ano mostram que a dívida da EDP caiu 8% para 12,7 mil milhões de euros (no final de março), o valor mais baixo dos últimos 13 anos. Já os lucros, no mesmo período, cresceram 45% em termos homólogos, para um total de 146 milhões de euros.

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