Notícia
Credit Suisse baixa recomendação e preço-alvo da EDP
A revisão da casa de investimento suíça deve-se à possibilidade do regulador do mercado energético poder aprovar "novas medidas extraordinárias para reduzir o défice tarifário" no quarto trimestre.
O Credit Suisse baixou a recomendação e o preço-alvo para a EDP. A eléctrica viu assim a recomendação de compra descer de "outperform" para "neutral".
Já o preço-alvo também foi revisto passando dos 3,80 euros para os 3,60 euros para os próximos 12 meses. Desta forma, o potencial de valorização desceu de 11,9% para 6,1% face ao preço actual acções da energética (3,393 euros).
Na sua avaliação, a instituição suíça sublinha que a cotação já valorizou 116% desde o mínimo alcançado em Junho de 2012, superando o sector em 60%. Além disso, a EDP continua a "oferecer uma combinação de activos de elevada qualidade".
Contudo, a EDP enfrenta vários riscos "antes das decisões regulatórias do quatro trimestre", considera o Credit Suisse.
O regulador do mercado de energia português, a ERSE, vai apresentar as suas propostas de tarifa para 2015 a 15 de Outubro e aqui podem surgir novidades.
"Novas medidas extraordinárias para reduzir o défice tarifário não podem ser completamente excluídas, no nosso ponto de vista, dada a insuficiente recuperação na procura", aponta a instituição.
Mais, a aprovação de "aumentos de tarifa significativos pode tornar-se politicamente desafiante antes das eleições gerais", de 2015, observa o Credit Suisse.
Os lucros da companhia liderada por António Mexia subiram 12% no primeiro semestre em termos homólogos para os 673 milhões de euros.
A EDP fechou a sessão desta sexta-feira a cair 3,50% para os 3,393 euros.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.