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Central a carvão brasileira tira 130 milhões aos lucros da EDP em 2022

A EDP registou imparidades à conta da Pecém Geração de Energia, que terão um impacto no resultado líquido do ano passado.

DR
26 de Janeiro de 2023 às 21:54
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A EDP anunciou esta noite que teve de constituir imparidades para fazer face a um potencial cenário menos propício na sua central a acarvão Pecém Geração de Energia, no Brasil – o que retira 130 milhões aos lucros da empresa liderada por Miguel Stilwell.

 

A elétrica nacional, através da sua subsidiária EDP Brasil, detida em 57,55%, informou em comunicado à CMVM que a sua subsidiária Pecém Geração de Energia registará uma imparidade de 230 milhões de euros em 2022 (impacto non-cash).

 

"Pecém é uma central a carvão de 720 MW no estado do Ceará com licença de operação até janeiro de 2044, contribuindo para a segurança de abastecimento do sistema elétrico brasileiro. A central tem um Contrato de Aquisição de Energia (CAE) em vigor até julho de 2027, proporcionando um fluxo de receitas estável, ajustado aos níveis de inflação e disponibilidade", explica a EDP.

 

Acontece que "o adiamento do leilão de energia A-5 (para novos CAE a partir de 2027), que estava previsto ocorrer em novembro de 2022, e a falta de visibilidade em relação aos próximos leilões de energia no Brasil têm impactado as expectativas das condições económicas da central quando da maturidade do CAE existente", refere o documento.

 

Por isso mesmo, "a EDP incorporou este cenário nos testes anuais de imparidade, o que resultou num custo extraordinário de imparidade a registar no resultado líquido da EDP Brasil em 2022, com um impacto negativo de 130 milhões de euros no resultado líquido da EDP para o mesmo ano".

 

"O impacto final está sujeito à aprovação dos auditores externos e este custo contabilístico extraordinário é neutro em termos de cash-flow e de dívida líquida em 2022", diz ainda o comunicado da elétrica nacional.

 

O documento recorda ainda que "a EDP está empenhada em manter a sua posição de liderança na transição energética, com uma estratégia clara de crescimento focada em energias renováveis, tendo definido o objetivo de eliminar a atividade de carvão do mix de receitas do Grupo EDP até 2025".

 

A EDP detém diretamente 56,05% da EDP Brasil, mas consolida 57,55% por intermédio do ajuste da detenção de ações próprias.

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