Notícia
Capacidade de energia renovável no mundo deve triplicar até 2030, diz AIE
Com vista a limitar o aumento da temperatura média mundial a 1,5°C, o diretor da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, defende um salto da atual capacidade renovável, inferior a 4.000 GW, para cerca de 12.000 GW até ao fim da década.
O diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, disse esta quarta-feira que para cumprir as metas do Acordo de Paris é imperativo "triplicar a energia renovável no mundo", de uma capacidade instalada atual inferior a 4.000 GW para cerca de 12.000 GW em 2030. Para lá chegar, o responsável máximo da AIE assinalou que só a nova energia solar instalada já deu um salto de 40% no espaço de um ano, "porque a tecnologia está a ficar mais barata" e o investimento está a acelerar. De acordo com a AIE, este ano o valor investido em energia solar deverá ultrapassar, pela primeira vez, o da produção de petróleo.
Para 2023, o investimento global previsto em energia deverá ascender a 2,6 mil milhões de euros, dos quais mais de 1,5 mil milhões com destino a tecnologias limpas – incluindo renováveis, veículos elétricos, energia nuclear, redes, armazenamento, combustíveis de baixas emissões, eficiência energética e bombas de calor. O restante, menos de mil milhões de euros, deverá ser investido em fontes de energia fósseis (carvão, gás e petróleo).
Ao mesmo tempo, "a energia nuclear está a registar um regresso em força" a nível global. "Está a emergir um novo mundo de energia limpa, de forma mais rápida e acelerada do que muitos pensam. Ainda estamos longe das metas mas no caminho certo", disse Fatih Birol na 8ª Conferência Global da Agência Internacional de Energia dedicada à Eficiência Energética, que esta semana se realiza em Paris, sublinhando que, neste momento, um em cada cinco automóveis vendidos no mundo já é elétrico (quando há apenas dois anos esta proporção era de um para 25).
Com vista a limitar o aumento da temperatura média mundial a 1,5°C, Birol disse ainda que as melhorias em eficiência energética a nível global devem duplicar: dos 2,2% assinalados em 2022 para mais de 5% no final da década. Isto depois de o progresso em matéria de eficiência energética já ter sido no ano passado o dobro da média dos últimos cinco anos e quatro vezes o valor alcançado em 2021 e 2022.
Recentemente, na reunião de ministros do G7 sobre o Clima, Energia e Ambiente em Hiroshima, no Japão, foi destacado o papel da eficiência energética como o "primeiro combustível" de todos a usar, e um pilar fundamental para atingir a neutralidade carbónica em 2050.
"Aumento da eficiência energética e da capacidade renovável instalada. Estes são os dois pilares da transição energértica. Os mercados energéticos estão a atravessar ainda tempos muito turbulentos, a nível histórico, em termos de preços elevados, desequilíbrio entre a oferta e a procura", disse por seu lado o diretor da AIE, notando que "os CEO já começaram a ver na eficiência energética uma oportunidade para fazer dinheiro".
O mesmo se passa com os governos de todo o mundo. "Hoje estamos a assistir a um forte impulso da eficiência energética. Desde que começou a crise energética global, há mais de um ano, os países que representam mais de 70% do consumo mundial de energia têm implementado novas políticas, ou melhorado as existentes. Agora temos de acelerar e duplicar o progresso da eficiência energética", disse Birol.
* A jornalista viajou para Paris a convite da Schneider Electric
Para 2023, o investimento global previsto em energia deverá ascender a 2,6 mil milhões de euros, dos quais mais de 1,5 mil milhões com destino a tecnologias limpas – incluindo renováveis, veículos elétricos, energia nuclear, redes, armazenamento, combustíveis de baixas emissões, eficiência energética e bombas de calor. O restante, menos de mil milhões de euros, deverá ser investido em fontes de energia fósseis (carvão, gás e petróleo).
Com vista a limitar o aumento da temperatura média mundial a 1,5°C, Birol disse ainda que as melhorias em eficiência energética a nível global devem duplicar: dos 2,2% assinalados em 2022 para mais de 5% no final da década. Isto depois de o progresso em matéria de eficiência energética já ter sido no ano passado o dobro da média dos últimos cinco anos e quatro vezes o valor alcançado em 2021 e 2022.
Recentemente, na reunião de ministros do G7 sobre o Clima, Energia e Ambiente em Hiroshima, no Japão, foi destacado o papel da eficiência energética como o "primeiro combustível" de todos a usar, e um pilar fundamental para atingir a neutralidade carbónica em 2050.
"Aumento da eficiência energética e da capacidade renovável instalada. Estes são os dois pilares da transição energértica. Os mercados energéticos estão a atravessar ainda tempos muito turbulentos, a nível histórico, em termos de preços elevados, desequilíbrio entre a oferta e a procura", disse por seu lado o diretor da AIE, notando que "os CEO já começaram a ver na eficiência energética uma oportunidade para fazer dinheiro".
O mesmo se passa com os governos de todo o mundo. "Hoje estamos a assistir a um forte impulso da eficiência energética. Desde que começou a crise energética global, há mais de um ano, os países que representam mais de 70% do consumo mundial de energia têm implementado novas políticas, ou melhorado as existentes. Agora temos de acelerar e duplicar o progresso da eficiência energética", disse Birol.
* A jornalista viajou para Paris a convite da Schneider Electric