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Barragens no Tâmega: Autarca quer que Iberdrola mantenha "empenho" na criação de emprego local
Rui Vaz Alves reconhece o impacto das obras na economia local, mas quer que a eléctrica continue empenhada no desenvolvimento da região. As autarquias locais vão receber contrapartidas de 50 milhões de euros.
A autarquia de Ribeira de Pena considera que a construção das três barragens pela Iberdrola está a ter um impacto positivo na economia local. Mas defende que eléctrica espanhola deve continuar a aposta na contratação de trabalhadores da região.
"É preciso manter o empenho na criação de soluções que promovam o crescimento económico, geração de riqueza, criação de emprego, e a fixação da população", disse o autarca Rui Vaz Alves (PS, na foto).
As declarações tiveram lugar esta quinta-feira, 9 de Fevereiro, em Ribeira de Pena, distrito de Vila Real, durante a apresentação do projecto de 1.500 milhões de euros da Iberdrola a jornalistas e a entidades oficiais.
O autarca reconheceu o impacto positivo do empreendimento até ao momento na economia local. "Com as obras em pleno andamento é notório o acréscimo do movimento de trabalhadores, e o seu impacto positivo no alojamento, na restauração, nos serviços e comércio local".
As obras para a construção das barragens de Daivões, Gouvães e Alto Tâmega empregam actualmente 500 trabalhadores, dos quais 200 são da região, disse a directora comercial da empresa, Carla Costa. A empresa estima contratar um total de 3.500 trabalhadores directos ao longo da empreitada que termina em 2023. Das 70 empresas portuguesas contratadas, 15 são da região.
As autarquias afectadas pelo empreendimento chegaram em 2014 a acordo com a Iberdrola para o pagamento de contrapartidas. No total, seis câmaras municipais da região - Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Boticas, Chaves, Montalegre e Valpaços - têm previsto receber 50 milhões de euros.
Rui Vaz Alves defendeu assim que é "preciso continuar a desenvolver uma estratégia sustentável para que estas obras representem uma verdadeira mais valia para este território que salvaguarde, proteja e preserve o ambiente e promova o desenvolvimento sustentável".
"Nesta estratégia tem que imperiosamente estar a contratação de mão de obra local, a utilização de recursos humanos, materiais e serviços locais a par do diálogo permanente com a população e as forças vivas deste território é determinante para que a construção deste sistema represente um real benefício para a economia local e regional", afirmou.
Durante o mesmo evento, o secretário de Estado do Ambiente apelou aos autarcas para usarem este financiamento em prol do desenvolvimento local.
Carlos Martins defendeu que é preciso "procurar encontrar sempre forma de desenvolver projectos que aumentem a qualidade de vida das populações, mas no sentido de que no futuro haja valor, acrescentando qualidade de vida para todos, usando bem o financiamento que o promotor colocou à disposição dos municípios".