Notícia
Argelina Sonatrach investe 35.500 milhões até 2026 com Espanha e Portugal 'na mira'
Em declarações à cadeia de televisão argelina AL24 News, o presidente da Sonatrach, Touflik Hakkar, disse que o grupo petrolífero planeia colocar em serviço, já neste mês, o quarto turbo-alimentador do gasoduto Medgaz, que transporta gás argelino para Espanha e Portugal.
03 de Janeiro de 2022 às 18:40
O grupo energético estatal argelino Sonatrach revelou hoje que vai investir 40.000 milhões de dólares (35.550 milhões de euros) entre 2022 e 2026 na exploração, produção e refinação de gás, projetos que beneficiarão Espanha e Portugal.
Em declarações à cadeia de televisão argelina AL24 News, o presidente da Sonatrach, Touflik Hakkar, disse que o grupo petrolífero planeia colocar em serviço, já neste mês, o quarto turbo-alimentador do gasoduto Medgaz, que transporta gás argelino para Espanha e Portugal.
Este turbocompressor vai garantir o abastecimento do mercado espanhol de acordo com as quantidades contratuais, estimadas em 10.500 milhões de metros cúbicos, e atender a eventuais solicitações de quantidades adicionais, afirmou o presidente da Sonatrach.
Em novembro de 2021, a Argélia decidiu abdicar da exploração do Gasoduto Maghreb Europa (GME), que atravessa Marrocos, para abastecimento de Espanha e Portugal.
"O nosso plano de investimentos entre 2022 e 2026 é de cerca de 40.000 milhões de dólares, em que 8.000 milhões (7.010 milhões de euros) estão previstos já para 2022", disse Hakkar.
O presidente da Sonatrach precisou que um terço dos investimentos implicará parceiros internacionais. "A maior parte [dos investimentos] será consagrada à exploração e à produção, para preservar as capacidades de produção, e ainda a projetos de refinação para responder à procura nacional de combustíveis", pormenorizou.
Este plano inclui a construção de uma refinaria em Hassi Messaoud (o maior campo de petróleo da Argélia, no centro do país) e uma extensão da já existente em Skikda (nordeste), destinada a converter certos derivados em combustíveis, acrescentou.
As receitas do grupo estatal aumentaram 70% em 2021, graças a um aumento de 19% nas exportações de hidrocarbonetos, indicou Hakkar, especificando que a Sonatrach exportou 34.500 milhões de dólares (30.570 milhões de euros) em 2021 contra 20.000 milhões de dólares (17.720 milhões de euros) em 2020.
Hakkar sublinhou que o preço médio do barril de petróleo andou em torno dos 70 dólares (62,03 euros), mas realçou que a estratégia da Sonatrach tem na base um preço de 50 dólares (44,30 euros), "para evitar qualquer oscilação do mercado".
Quarta maior potência económica do continente africano, a Argélia está particularmente exposta às variações do preço do petróleo, devido à dependência das receitas petrolíferas, que representam mais de 90% das receitas externas.
Em fins de dezembro, o Banco da Argélia anunciou que a recente recuperação do preço do petróleo permitiu reduzir o défice comercial argelino, que se contraiu "de 10.504 milhões de dólares (9.310 milhões de euros) no final de setembro de 2020 para 1.571 milhões de dólares (1.392 milhões de euros) em setembro de 2021".
Em 2011, a Sonatrach anunciou um plano de investimentos de 60.000 milhões de dólares (53.170 milhões de euros) para o período 2011/2015, com o objetivo de fortalecer as suas capacidades de produção.
Com o colapso dos preços do petróleo bruto de 2014, o grupo reduziu, no entanto, os investimentos, que foram posteriormente revistos em baixa após o surgimento da pandemia de covid-19 em 2020 e uma nova queda nos preços do "ouro negro".
Em declarações à cadeia de televisão argelina AL24 News, o presidente da Sonatrach, Touflik Hakkar, disse que o grupo petrolífero planeia colocar em serviço, já neste mês, o quarto turbo-alimentador do gasoduto Medgaz, que transporta gás argelino para Espanha e Portugal.
Em novembro de 2021, a Argélia decidiu abdicar da exploração do Gasoduto Maghreb Europa (GME), que atravessa Marrocos, para abastecimento de Espanha e Portugal.
"O nosso plano de investimentos entre 2022 e 2026 é de cerca de 40.000 milhões de dólares, em que 8.000 milhões (7.010 milhões de euros) estão previstos já para 2022", disse Hakkar.
O presidente da Sonatrach precisou que um terço dos investimentos implicará parceiros internacionais. "A maior parte [dos investimentos] será consagrada à exploração e à produção, para preservar as capacidades de produção, e ainda a projetos de refinação para responder à procura nacional de combustíveis", pormenorizou.
Este plano inclui a construção de uma refinaria em Hassi Messaoud (o maior campo de petróleo da Argélia, no centro do país) e uma extensão da já existente em Skikda (nordeste), destinada a converter certos derivados em combustíveis, acrescentou.
As receitas do grupo estatal aumentaram 70% em 2021, graças a um aumento de 19% nas exportações de hidrocarbonetos, indicou Hakkar, especificando que a Sonatrach exportou 34.500 milhões de dólares (30.570 milhões de euros) em 2021 contra 20.000 milhões de dólares (17.720 milhões de euros) em 2020.
Hakkar sublinhou que o preço médio do barril de petróleo andou em torno dos 70 dólares (62,03 euros), mas realçou que a estratégia da Sonatrach tem na base um preço de 50 dólares (44,30 euros), "para evitar qualquer oscilação do mercado".
Quarta maior potência económica do continente africano, a Argélia está particularmente exposta às variações do preço do petróleo, devido à dependência das receitas petrolíferas, que representam mais de 90% das receitas externas.
Em fins de dezembro, o Banco da Argélia anunciou que a recente recuperação do preço do petróleo permitiu reduzir o défice comercial argelino, que se contraiu "de 10.504 milhões de dólares (9.310 milhões de euros) no final de setembro de 2020 para 1.571 milhões de dólares (1.392 milhões de euros) em setembro de 2021".
Em 2011, a Sonatrach anunciou um plano de investimentos de 60.000 milhões de dólares (53.170 milhões de euros) para o período 2011/2015, com o objetivo de fortalecer as suas capacidades de produção.
Com o colapso dos preços do petróleo bruto de 2014, o grupo reduziu, no entanto, os investimentos, que foram posteriormente revistos em baixa após o surgimento da pandemia de covid-19 em 2020 e uma nova queda nos preços do "ouro negro".