A Volkswagen vai investir no negócio automóvel 24,7 mil milhões de euros entre 2007 e 2009, revelou hoje a administração da empresa, que confirmou também em comunicado, a nomeação de Martin Winterkorn para presidente do grupo, sucedendo ao CEO (‘chief executive officer’) demissionário Bernd Pischetsrieder.

Na reunião dos mais altos responsáveis do grupo alemão, que decorre entre hoje e amanhã, a Volkswagen não discutiu ainda a continuidade do director de marcas da Volkswagen, Wolfgang Bernhard. A imprensa alemã indicava ontem que este responsável, que deu aos trabalhadores da Autoeuropa boas perspectivas de poderem vir a contar com a produção do Sharan, poderia seguir Bernd Pischetsrieder e abandonar a Volkswagen.

A Volkswagen reservou 7 mil milhões de euros para investir em terrenos, fábricas e equipamentos fora da Alemanha e 10,7 mil milhões de euros para aplicar na Alemanha.

No conjunto destes 17,7 mil milhões de euros, a empresa diz ter 11,8 mil milhões de euros para modernização e ampliação da gama de produtos. "O foco estará nos novos modelos e produtos sucedâneos em quase todas as classes de veículos e permitirá ao grupo Volkswagen continuar sistematicamente a sua estratégia de lançamentos para assegurar uma ainda maior penetração no mercado", explica o grupo.

O encontro de executivos do grupo automóvel deverá decidir sobre a estratégia da Volkswagen para os próximos anos, nomeadamente a atribuição da produção de novos modelos às várias fábricas do grupo. A Autoeuropa espera poder vir a produzir o novo Sharan, uma conquista que garantiria, em princípio, o funcionamento da fábrica de Palmela por mais 10 anos.

A Volkswagen pronunciou-se ainda sobre a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela MAN à sueca Scania. A Volkswagen, o maior accionista da Scania e também da MAN, reitera o seu apoio à oferta, caso esta consiga 56% dos direitos de voto. No entanto, o grupo alemão que agora será presidido por Martin Winterkorn, diz estar preparado para lidar com um eventual insucesso da OPA da MAN à Scania.

Entretanto, a Investor anunciou ter chegado a um acordo com a Wallenberg para o desenvolvimento de uma estratégia concertada na Scania. As duas empresas controlam juntas 30,6% dos direitos de voto da companhia sueca e podem vir a ter um papel decisivo no desfecho da OPA lançada sobre o construtor de camiões