A decisão da Telefónica, ontem anunciada no Congresso Móvel de Barcelona, de (a partir de 1 de Março) pôr fim à política de subsidiação de equipamentos como forma de fidelização de clientes não está para já a transformar-se numa nova tendência, pelo menos em Portugal.

Contactada pelo Negócios, fonte oficial da Vodafone Portugal referiu que não está nos seu planos alterar a sua estratégia comercial nessa matéria.

“Em Portugal temos uma realidade diferente pelo que a curto prazo não estamos a pensar em alterar significativamente a nossa política de subsidiação”, referiu a Vodafone ao Negócios. Já a PT, detentora da operadora móvel TMN, optou por não tecer quaisquer comentários sobre a decisão da Telefónica, pelo que se manterá a política até aqui seguida pela TMN de subsidiar a compra de equipamentos.

A Telefónica anunciou que deixará de absorver parte do custo dos equipamentos para fidelizar os clientes, uma medida que, tendo sido tomada por uma empresa com a dimensão da operadora espanhola, poderia significar uma viragem na política comercial das empresas que operam no sector. Essa viragem, para já, não se verifica em Portugal, sendo provável que as operadoras estejam a optar pela estratégia do “esperar para ver”, antes de tomar qualquer decisão.

Como forma de amenizar os efeitos da medida, a Telefónica anunciou que implementará medidas como venda de telemóveis a prazo sem juros ou a possibilidade de recompra de terminais antigos em troca da compra de um novo. A Telefónica pretende, com o fim da subsidiação, ter maior liberdade para actuar no sentido da redução das tarifas.

O Negócios procurou recolher junto da Optimus uma reacção à notícia, mas até ao momento não foi possível obter qualquer resposta.