Manuel Vilarinho, presidente do Sport Lisboa e Benfica, investiu 21 milhões de euros (4,2 milhões de contos) na subscrição de acções da SLB-Sociedade Anónima Desportiva (SAD), passando a deter 29,07% do capital da SAD benfiquista, anunciou esta entidade em comunicado.

A oferta pública de subscrição (OPS) garantiu à Benfica SAD um encaixe financeiro de 36,9 milhões de euros (7,4 milhões de contos), dos quais 57% correspondem ao montante que Vilarinho desembolsou.

Vilarinho comunicou ser titular de 4,36 milhões de acções ,ou 29,07% do capital do Benfica SAD, acumulando as acções subscritas na OPS com as 160 mil acções que lhe foram cedidas por Vale e Azevedo, o anterior presidente do Benfica.

Segundo o Código de Valores Mobiliários, esta participação qualificada é imputada ao clube, em virtude de Vilarinho ser presidente do conselho de administração da SLB SGPS, detida em 99% pelo Benfica, de acordo com o mesmo comunicado.

Esta OPS foi subdividida em duas «tranches», uma delas destinada à subscrição pelo clube, que assegurou 40% do capital da SAD benfiquista, e pela SLB SGPS, que adquiriu 10% mais uma acção, garantindo ao Benfica mais de 50% do capital da SAD, directa e indirectamente.

A segunda «tranche» foi destinada à subscrição por parte de sócios e público em geral, num total de 7,34 milhões de acções. Os sócios do clube encarnado arrecadaram 82,8% do total das acções distribuídas, o equivalente a 6,072 milhões de títulos.

Do total subscrito pelos sócios, Manuel Vilarinho subscreveu 69,1% das acções da SAD do Benfica. As restantes acções, correspondentes a 30,2%, foram subscritas por outros sócios.

Cerca de 1,262 milhões de acções do Benfica SAD foram subscritas por não sócios, o que representou num encaixe financeiro na ordem dos 6,6 milhões de euros (1,326 milhões de contos).

O preço unitário de cada acção da Benfica Sociedade Anónima Desportiva (SAD) cifrou-se em 4,99 euros (1.000 escudos) para sócios e 5,24 euros (1.050 escudos) para o público em geral.

Esta OPS foi efectuada no âmbito de um aumento de capital, de um milhão de euros (200 mil contos) para os 74,82 milhões de euros (15 milhões de contos).

O Benfica, ao deter 99% do Benfica SGPS, passou a controlar directa e indirectamente 50% do capital mais uma acção da Benfica SAD.

Segundo a legislação nacional, um clube de futebol não pode deter uma participação directa superior a 40% do capital e dos direitos de voto de qualquer sociedade anónima desportiva.