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Valadares paga salários com dinheiro da Hagen (act)

A Cerâmica de Valadares tem já assegurado o pagamento dos salários em atraso a 430 trabalhadores, tendo conseguido um adiantamento por conta de uma grande encomenda junto da construtora Hagen.

03 de Fevereiro de 2012 às 19:11
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A Fábrica Cerâmica de Valadares garante que tem já assegurado o pagamento dos salários em atraso aos seus 430 trabalhadores, tendo conseguido um adiantamento por conta de uma “grande” encomenda da construtora Hagen.



“A Fábrica Cerâmica de Valadares, SA, assegurou o pagamento de salários em atraso aos seus colaboradores. Este pagamento dos salários é possibilitado por uma grande encomenda realizada pelo Grupo Hagen SGPS”, garante a empresa, em comunicado.



A solução encontrada pela administração da empresa foi possível “graças à relação de confiança demonstrada pela Hagen, que aceitou proceder ao pré-pagamento do fornecimento”, adianta a empresa presidida por Galvão Lucas. Um acordo que “permite” o pagamento dos dois salários em atraso “nos próximos dias”.



No mesmo comunicado, a Valadares dá conta da sua versão sobre o que se tem passado na fábrica nos últimos dias. “Na passada segunda-feira, um pequeno grupo de colaboradores da empresa deu início a um boicote à entrada e saída de mercadorias da fábrica em Valadares, em consequência do atraso do pagamento do vencimento do mês de Dezembro. Foi nesse momento apresentado pela administração à Comissão de Trabalhadores uma proposta de pagamento do vencimento de Dezembro até sexta-feira, dia 3 de Fevereiro, e o pagamento do mês de Janeiro, que entretanto se venceria até dia 17 de Fevereiro. Para cumprir essa promessa, seria necessária a desmobilização do boicote às entradas e saídas da empresa”, enfatiza a administração da empresa.



Uma proposta que, afiança, terá sido aceite pela Comissão de Trabalhadores. “Contudo, um grupo de colaboradores rejeitou o acordo, mantendo o boicote, inviabilizando o normal funcionamento da empresa e a obtenção dos meios necessários para o cumprimento das responsabilidades em tempo útil”, relata a equipa gestora da empresa.



“Apesar das dificuldades de tesouraria”, a administração liderada por Galvão Lucas garante que “a Valadares mantém um nível de encomendas muito significativo, que permite a sua viabilidade”. A empresa exporta perto de 70% da sua produção para cerca de 50 países.



De resto, conclui, “a situação financeira da empresa não é alheia ao que se passa no país, onde as limitações ao crédito dificultam em grande medida o normal funcionamento na relação com fornecedores e clientes”.

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