Notícia
UBS impressionado com perspectivas de resultados da Mota, Jerónimo e Zon
Mota-Engil, Jerónimo Martins e Zon Multimédia foram algumas das sete empresas nacionais com quem o UBS esteve reunido, na semana passada, no âmbito de uma conferência ibérica. Mas foi com estas três cotadas que o banco suíço ficou mais impressionado, perspectivando sólidos resultados, num ambiente desafiador em termos marcro-económicos.
15 de Julho de 2008 às 09:54
Mota-Engil, Jerónimo Martins e Zon Multimédia foram algumas das sete empresas nacionais com quem o UBS esteve reunido, na semana passada, no âmbito de uma conferência ibérica. Mas foi com estas três cotadas que o banco suíço ficou mais impressionado, perspectivando sólidos resultados, num ambiente desafiador em termos marcro-económicos.
Ao contrário de Espanha, para o UBS Portugal apresenta uma maior resistência a um cenário de recessão económica. No entanto, o mercado de capitais nacional tem sido um dos mais penalizados da Europa, nesta crise, o que é justificado pela equipa de “research” liderada por Bosco Ojeda com “questões de liquidez”, dado que os investidores nacionais estão “altamente alavancados”.
Da conferência com empresas de média capitalização bolsista espanholas e portuguesas, realizada na semana passada, o UBS afirma ter tido a percepção que as companhias nacionais não se mostram muito preocupadas com a possibilidade de um abrandamento da economia, ou mesmo uma recessão em Portugal.
“Foi interessante ver a forma como a Cimpor salientou as boas perspectivas em termos de consumo de cimento. A SAG afirmou não ter assistido a uma quebra nas vendas de automóveis. A Zon a salientar não ver nenhum impacto do abrandamento da economia” e a Mota-Engil a “afirmar que espera mais de vinte novas concessão rodoviárias, em breve”, e a Jerónimo Martins a prever “fortes receitas”.
A Jerónimo Martins, a Mota-Engil e a Zon foram, com efeito, as empresas nacionais que mais impressionaram o UBS, em termos de expectativas de resultados, num conferência onde participaram também (além destas três cotadas, da Cimpor e da SAG) o Banif e a Martifer.
No “research” emitido hoje, o UBS salienta, na Martifer, a maior aposta na energia eólica, em detrimento da solar, e a redução dos planos para o biodiesel. Já sobre o Banif, o banco de investimento suíço reiterou a recomendação de “comprar”. A equipa de “research” salienta que a instituição de Horácio Roque conta com uma sólida posição de capital, mas alerta que os resultados do segundo trimestre vão continuar a ser fracos.
O UBS manteve inalteradas as suas recomendações e preços-alvo para todas estas cotadas (ver tabela em baixo). Sobre a Cimpor, afirma que continua positivo para o sector, mas identifica melhores maneiras de ganhar com o cimento, outras que não a Cimpor. Para a Mota-Engil, o UBS vê “enormes oportunidades”, e quanto à Jerónimo Martins, o banco afirma que ainda vê potencial nas acções, e destaca o crescimento excepcional na Polónia.
“Considerando a elevada qualidade das acções e as perspectivas de valor, os actuais múltiplos [da Zon Multimédia] são atractivos”, salienta o UBS que vê na concorrência o principal factor de receio para a dona da TV Cabo. A consolidação é “a chave para o desempenho das acções”, mas “não são, de momento, a prioridade”, destaca a equipa de “research”.
Ao contrário de Espanha, para o UBS Portugal apresenta uma maior resistência a um cenário de recessão económica. No entanto, o mercado de capitais nacional tem sido um dos mais penalizados da Europa, nesta crise, o que é justificado pela equipa de “research” liderada por Bosco Ojeda com “questões de liquidez”, dado que os investidores nacionais estão “altamente alavancados”.
“Foi interessante ver a forma como a Cimpor salientou as boas perspectivas em termos de consumo de cimento. A SAG afirmou não ter assistido a uma quebra nas vendas de automóveis. A Zon a salientar não ver nenhum impacto do abrandamento da economia” e a Mota-Engil a “afirmar que espera mais de vinte novas concessão rodoviárias, em breve”, e a Jerónimo Martins a prever “fortes receitas”.
A Jerónimo Martins, a Mota-Engil e a Zon foram, com efeito, as empresas nacionais que mais impressionaram o UBS, em termos de expectativas de resultados, num conferência onde participaram também (além destas três cotadas, da Cimpor e da SAG) o Banif e a Martifer.
No “research” emitido hoje, o UBS salienta, na Martifer, a maior aposta na energia eólica, em detrimento da solar, e a redução dos planos para o biodiesel. Já sobre o Banif, o banco de investimento suíço reiterou a recomendação de “comprar”. A equipa de “research” salienta que a instituição de Horácio Roque conta com uma sólida posição de capital, mas alerta que os resultados do segundo trimestre vão continuar a ser fracos.
O UBS manteve inalteradas as suas recomendações e preços-alvo para todas estas cotadas (ver tabela em baixo). Sobre a Cimpor, afirma que continua positivo para o sector, mas identifica melhores maneiras de ganhar com o cimento, outras que não a Cimpor. Para a Mota-Engil, o UBS vê “enormes oportunidades”, e quanto à Jerónimo Martins, o banco afirma que ainda vê potencial nas acções, e destaca o crescimento excepcional na Polónia.
“Considerando a elevada qualidade das acções e as perspectivas de valor, os actuais múltiplos [da Zon Multimédia] são atractivos”, salienta o UBS que vê na concorrência o principal factor de receio para a dona da TV Cabo. A consolidação é “a chave para o desempenho das acções”, mas “não são, de momento, a prioridade”, destaca a equipa de “research”.
Empresa | Recomendação | Cotação | "Target" | Potencial |
Zon | Comprar | 5,08 € | 8,50 € | 67,3% |
Cimpor | Neutral | 4,39 € | 5,80 € | 32,1% |
Martifer | Comprar | 6,00 € | 9,50 € | 58,3% |
Mota-Engil | Comprar | 3,59 € | 6,00 € | 67,1% |
Banif | Comprar | 1,64 € | 4,42 € | 169,5% |
Jerónimo Martins | Neutral | 4,59 € | 5,60 € | 22,0% |
Fonte: UBS Nota: SAG não é seguida pelo banco de investimento. |