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Cerimónia Guia Michelin no país reflete "esforço" da gastronomia nacional, diz Turismo de Portugal
O diretor internacional do Guia Michelin, Gwendal Poullennec, anunciou, durante a cerimónia, que a partir de 2023, Portugal e Espanha passarão a ter cerimónias separadas, uma forma de destacar o trabalho que a cozinha de cada país tem realizado.
23 de Novembro de 2022 às 10:10
O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, defendeu que a realização de uma gala independente para anunciar a seleção de restaurantes do Guia Michelin ibérico representa "o reconhecimento do esforço e da evolução da gastronomia portuguesa".
"É um sonho desde que Portugal apareceu no Guia Michelin Espanha e Portugal, em 1910. É o reconhecimento do esforço, da evolução e do prestígio que a gastronomia portuguesa tem", declarou Luís Araújo, à margem da gala de apresentação da edição de 2023 do guia que distingue os melhores restaurantes ibéricos, que decorreu na terça-feira à noite na cidade espanhola de Toledo.
O diretor internacional do Guia Michelin, Gwendal Poullennec, anunciou, durante a cerimónia, que a partir de 2023, Portugal e Espanha passarão a ter cerimónias separadas, uma forma de destacar o trabalho que a cozinha de cada país tem realizado.
"É termos a gala e um guia específico para Portugal, com, esperamos nós, muito mais estrelas, muito mais gastronomia e principalmente muito mais foco naquilo que é um turismo de qualidade, que é aquilo que nós queremos para o nosso país", disse Luís Araújo.
Portugal tem, no guia do próximo ano, cinco novos restaurantes com uma estrela ('cozinha de grande nível, compensa parar'): Encanto (José Avillez), Kabuki Lisboa (Paulo Alves), Kanazawa (Paulo Morais) -- em Lisboa --, Euskalduna Studio (Vasco Coelho Santos) e Le Monument (Julien Montbabut), ambos no Porto.
Na edição de 2023, Portugal mantém todas as distinções anteriores, acumulando um total de 31 restaurantes com uma estrela e sete com duas estrelas ('cozinha excelente, vale a pena o desvio').
Nenhum restaurante português tem a distinção máxima (três estrelas, 'uma cozinha única, justifica a viagem').
Em Espanha, dois restaurantes alcançaram as três estrelas (Átrio e Cocina Hermanos Torres), totalizando agora 13 estabelecimentos com esta classificação, enquanto outros três ascenderam às duas estrelas e 29 receberam a primeira estrela.
Para o responsável do Turismo de Portugal, o país "tem tudo para conquistar as três estrelas e muito mais", mas "obviamente estas coisas precisam de tempo e de atenção".
"Hoje temos uma gastronomia única, absolutamente extraordinária, e mais do que isso, esta é uma profissão de valor, que vale a pena abraçar", defendeu Luís Araújo, para quem a distinção com três estrelas é algo muito esperado, mas também "o reconhecimento de muito trabalho por parte de muita gente".
O Turismo de Portugal, adiantou, está a trabalhar com o Guia Michelin para organizar a próxima gala, a primeira exclusivamente portuguesa, em que serão anunciados os restaurantes portugueses distinguidos.
"A partir do próximo ano, não vamos ter apenas uma celebração, mas duas, em Espanha e Portugal", anunciou Gwendal Poullennec, na abertura da cerimónia de apresentação do guia do próximo ano, que decorreu na terça-feira à noite na cidade espanhola de Toledo.
"Não vamos voltar a desvendar a seleção ao mesmo tempo, mas vamos dar aos dois destinos a sua própria celebração", adiantou, acrescentando: "As cenas culinárias dos dois países merecem o seu próprio impulso e queremos promover melhor o que as faz únicas".
Desde 2009, quando se assinalou o primeiro centenário da criação do Guia Michelin ibérico, em 1910, cada edição é apresentada numa cerimónia, que decorre normalmente numa cidade espanhola -- apenas em 2018 Lisboa acolheu o evento.
"Com a organização de um evento próprio em Portugal, a revelação da seleção de restaurantes e a consequente implementação de conteúdos editoriais e de comunicação, que serão partilhados nas nossas diferentes plataformas, queremos contribuir para a promoção de Portugal como destino gastronómico europeu incontornável", referiu o guia, em comunicado.
O guia de 2023 reúne um total de 1.401 restaurantes em Espanha, Portugal e Andorra, incluindo 13 com três estrelas, 41 com duas estrelas e 235 com uma estrela, além de 831 recomendados pela sua qualidade (135 novos, 15 em Portugal).
Os inspetores do Guia Michelin, que trabalham de forma anónima, valorizam a qualidade dos produtos, o domínio dos pontos de cozinha e das texturas, o equilíbrio e harmonia dos sabores, a personalidade da cozinha e a regularidade.
Toledo foi este ano a cidade escolhida para acolher a gala de apresentação, com cerca de 700 convidados. Após a gala, será servida uma refeição, que irá destacar os produtos da região de Castela-A Mancha, coordenada pelos 'chefs' de dois restaurantes locais, ambos com duas estrelas: Ivan Cerdeño (restaurante Iván Cerdeño) e Fran Martínez (Maralba).
Criado no início do século XX para ajudar os viajantes nas suas deslocações, o Guia Michelin é hoje considerado uma referência mundial na qualificação de restaurantes, estando presente em 40 países. Portugal entrou no roteiro em 1910.
"É um sonho desde que Portugal apareceu no Guia Michelin Espanha e Portugal, em 1910. É o reconhecimento do esforço, da evolução e do prestígio que a gastronomia portuguesa tem", declarou Luís Araújo, à margem da gala de apresentação da edição de 2023 do guia que distingue os melhores restaurantes ibéricos, que decorreu na terça-feira à noite na cidade espanhola de Toledo.
"É termos a gala e um guia específico para Portugal, com, esperamos nós, muito mais estrelas, muito mais gastronomia e principalmente muito mais foco naquilo que é um turismo de qualidade, que é aquilo que nós queremos para o nosso país", disse Luís Araújo.
Portugal tem, no guia do próximo ano, cinco novos restaurantes com uma estrela ('cozinha de grande nível, compensa parar'): Encanto (José Avillez), Kabuki Lisboa (Paulo Alves), Kanazawa (Paulo Morais) -- em Lisboa --, Euskalduna Studio (Vasco Coelho Santos) e Le Monument (Julien Montbabut), ambos no Porto.
Na edição de 2023, Portugal mantém todas as distinções anteriores, acumulando um total de 31 restaurantes com uma estrela e sete com duas estrelas ('cozinha excelente, vale a pena o desvio').
Nenhum restaurante português tem a distinção máxima (três estrelas, 'uma cozinha única, justifica a viagem').
Em Espanha, dois restaurantes alcançaram as três estrelas (Átrio e Cocina Hermanos Torres), totalizando agora 13 estabelecimentos com esta classificação, enquanto outros três ascenderam às duas estrelas e 29 receberam a primeira estrela.
Para o responsável do Turismo de Portugal, o país "tem tudo para conquistar as três estrelas e muito mais", mas "obviamente estas coisas precisam de tempo e de atenção".
"Hoje temos uma gastronomia única, absolutamente extraordinária, e mais do que isso, esta é uma profissão de valor, que vale a pena abraçar", defendeu Luís Araújo, para quem a distinção com três estrelas é algo muito esperado, mas também "o reconhecimento de muito trabalho por parte de muita gente".
O Turismo de Portugal, adiantou, está a trabalhar com o Guia Michelin para organizar a próxima gala, a primeira exclusivamente portuguesa, em que serão anunciados os restaurantes portugueses distinguidos.
"A partir do próximo ano, não vamos ter apenas uma celebração, mas duas, em Espanha e Portugal", anunciou Gwendal Poullennec, na abertura da cerimónia de apresentação do guia do próximo ano, que decorreu na terça-feira à noite na cidade espanhola de Toledo.
"Não vamos voltar a desvendar a seleção ao mesmo tempo, mas vamos dar aos dois destinos a sua própria celebração", adiantou, acrescentando: "As cenas culinárias dos dois países merecem o seu próprio impulso e queremos promover melhor o que as faz únicas".
Desde 2009, quando se assinalou o primeiro centenário da criação do Guia Michelin ibérico, em 1910, cada edição é apresentada numa cerimónia, que decorre normalmente numa cidade espanhola -- apenas em 2018 Lisboa acolheu o evento.
"Com a organização de um evento próprio em Portugal, a revelação da seleção de restaurantes e a consequente implementação de conteúdos editoriais e de comunicação, que serão partilhados nas nossas diferentes plataformas, queremos contribuir para a promoção de Portugal como destino gastronómico europeu incontornável", referiu o guia, em comunicado.
O guia de 2023 reúne um total de 1.401 restaurantes em Espanha, Portugal e Andorra, incluindo 13 com três estrelas, 41 com duas estrelas e 235 com uma estrela, além de 831 recomendados pela sua qualidade (135 novos, 15 em Portugal).
Os inspetores do Guia Michelin, que trabalham de forma anónima, valorizam a qualidade dos produtos, o domínio dos pontos de cozinha e das texturas, o equilíbrio e harmonia dos sabores, a personalidade da cozinha e a regularidade.
Toledo foi este ano a cidade escolhida para acolher a gala de apresentação, com cerca de 700 convidados. Após a gala, será servida uma refeição, que irá destacar os produtos da região de Castela-A Mancha, coordenada pelos 'chefs' de dois restaurantes locais, ambos com duas estrelas: Ivan Cerdeño (restaurante Iván Cerdeño) e Fran Martínez (Maralba).
Criado no início do século XX para ajudar os viajantes nas suas deslocações, o Guia Michelin é hoje considerado uma referência mundial na qualificação de restaurantes, estando presente em 40 países. Portugal entrou no roteiro em 1910.