As acções da Swatch caíram hoje um máximo de 10,38% na praça suíça, depois do «Wall Street Journal» ter noticiado que dois antigos gestores da maior fabricante de relógios do mundo acusaram a empresa de alegadamente ter utilizado a sua unidade asiática para a evasão fiscal de milhões de dólares, em fuga a impostos e taxas alfandegárias, usando transferência de pagamentos.

Segundo a mesma fonte, Joseph Ede e Matthieu Phanthala fizeram uma queixa ao Departamento de Trabalho dos Estados Unidos da América defendendo que a subsidiária da Swatch nas Ilhas Virgens Britânicas tinha sido alegadamente usada para transferir lucros para locais onde a carga fiscal é menos pesada, afirmou o jornal norte-americano, citando o processo.

Na queixa, efectuada dia 25 de Junho, é também defendido que gestores mais velhos tentaram alegadamente encobrir os vestígios da alegada evasão fiscal em Abril, depois de Ede e Phanthala se terem queixado aos seus superiores, explica o jornal.

Separadamente, o «Financial Times» avançou que Guido Bollin, um empregado do departamento financeiro da Swatch, instruiu colegas para que assegurassem que as mensagens via «e-mail» relacionadas com a transferência dos preços «sejam imediatamente apagadas e destruídas para que assim, os ficheiros estejam limpos para futuras auditorias de impostos».

A porta-voz da Swatch, Beatrice Howald, disse à Bloomberg que a empresa iria fazer um comunicado sobre estes assunto, enquanto o conselheiro geral da fabricante de relógios, Hanspeter Rentsch, explicou ao «Wall Street Journal» que as investigações internas, até agora, «mostram que as alegações não têm fundamento».

As acções da Swatch seguiam agora a cair 4,94% para os 28,85 francos suíços (18,7 euros).