Notícia
Suspensão do cartão myZONcard da Lusomundo é "vitória do bom senso"
O produtor Paulo Branco, administrador do grupo de exibição Medeia Filmes, afirmou hoje que a suspensão do cartão myZONcard, da Zon TV Cabo, que dá acesso gratuito aos cinemas Lusomundo, é uma "vitória do bom senso".
06 de Janeiro de 2009 às 15:06
O produtor Paulo Branco, administrador do grupo de exibição Medeia Filmes, afirmou hoje que a suspensão do cartão myZONcard, da Zon TV Cabo, que dá acesso gratuito aos cinemas Lusomundo, é uma "vitória do bom senso".
Paulo Branco reagia assim, em conferência de imprensa, à decisão da Autoridade da Concorrência de suspender aquele cartão, no seguimento de uma queixa apresentada em Dezembro por um grupo de operadores cinematográficos liderado pela Medeia Filmes.
"Todos estávamos praticamente com a noção de que, se esta operação fosse para a frente, era o fecho de todas as salas não pertencentes à Zon Lusomundo que existiam em Portugal, sobretudo em todas as localidades onde a Zon tem salas de cinema", disse Paulo Branco.
O produtor de cinema sublinhou que esta não é uma guerra pessoal contra a Lusomundo ou contra a Zon, mas uma "acção de sobrevivência" num mercado "que enfrenta dificuldades enormes" e culpou o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) pelo actual panorama da exibição cinematográfica.
"Há anos que o ICA não toma nenhuma posição, apesar de ser sistematicamente alertado. É da sua inteira responsabilidade ter-se chegado ao ponto de concentração que existe em Portugal", acusou, referindo que nos últimos sete anos o instituto "excluiu qualquer tipo de apoio às salas independentes, concentrando o seu apoio a festivais".
Segundo os dados mais recentes do ICA, a Lusomundo, enquanto exibidora, teve cerca de 3,1 milhões de euros de receita bruta de bilheteira e 730 mil espectadores só no mês de Novembro de 2008.
Em segundo lugar surgem os cinemas UCI, do Corte Inglés, com 1,1 milhões de euros, e em terceiro a Socorama - Castello Lopes Cinemas com 907 mil euros. A Medeia Filmes, detentora de vinte salas de cinema, arrecadou naquele mês 226 mil euros de bilheteira e 44.421 espectadores.
"Penso que houve alguma infantilidade no lançar desta campanha. Acho que não houve uma atenção a quais é que seriam os problemas que se podiam pôr no mercado da exibição cinematográfica quando a Zon pensou esta campanha", referiu Paulo Branco.
"Estamos todos de acordo na dinamização do circuito da exibição em Portugal, em que haja um esforço para essa dinamização, mas terá que ser pensado em benefício de todos os operadores e não apenas de uma parte dos operadores e que já tem por si uma posição dominante", alertou.
Como uma forma de fidelização de clientes, a Zon Tv Cabo lançou o myZONcard em Dezembro de 2008, um cartão personalizado e intransmissível, que permite ao seu portador o acesso às vantagens definidas a cada momento pela ZON Tv Cabo.
Os portadores do cartão de acesso gratuito, que estava disponível desde 02 de Janeiro, teriam até 52 sessões por ano, nas mais de 200 salas de Cinemas ZON Lusomundo.
De Janeiro a Novembro de 2008, registaram-se 13,9 milhões de espectadores nas salas de cinema em Portugal, segundo dados do ICA.
Paulo Branco reagia assim, em conferência de imprensa, à decisão da Autoridade da Concorrência de suspender aquele cartão, no seguimento de uma queixa apresentada em Dezembro por um grupo de operadores cinematográficos liderado pela Medeia Filmes.
O produtor de cinema sublinhou que esta não é uma guerra pessoal contra a Lusomundo ou contra a Zon, mas uma "acção de sobrevivência" num mercado "que enfrenta dificuldades enormes" e culpou o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) pelo actual panorama da exibição cinematográfica.
"Há anos que o ICA não toma nenhuma posição, apesar de ser sistematicamente alertado. É da sua inteira responsabilidade ter-se chegado ao ponto de concentração que existe em Portugal", acusou, referindo que nos últimos sete anos o instituto "excluiu qualquer tipo de apoio às salas independentes, concentrando o seu apoio a festivais".
Segundo os dados mais recentes do ICA, a Lusomundo, enquanto exibidora, teve cerca de 3,1 milhões de euros de receita bruta de bilheteira e 730 mil espectadores só no mês de Novembro de 2008.
Em segundo lugar surgem os cinemas UCI, do Corte Inglés, com 1,1 milhões de euros, e em terceiro a Socorama - Castello Lopes Cinemas com 907 mil euros. A Medeia Filmes, detentora de vinte salas de cinema, arrecadou naquele mês 226 mil euros de bilheteira e 44.421 espectadores.
"Penso que houve alguma infantilidade no lançar desta campanha. Acho que não houve uma atenção a quais é que seriam os problemas que se podiam pôr no mercado da exibição cinematográfica quando a Zon pensou esta campanha", referiu Paulo Branco.
"Estamos todos de acordo na dinamização do circuito da exibição em Portugal, em que haja um esforço para essa dinamização, mas terá que ser pensado em benefício de todos os operadores e não apenas de uma parte dos operadores e que já tem por si uma posição dominante", alertou.
Como uma forma de fidelização de clientes, a Zon Tv Cabo lançou o myZONcard em Dezembro de 2008, um cartão personalizado e intransmissível, que permite ao seu portador o acesso às vantagens definidas a cada momento pela ZON Tv Cabo.
Os portadores do cartão de acesso gratuito, que estava disponível desde 02 de Janeiro, teriam até 52 sessões por ano, nas mais de 200 salas de Cinemas ZON Lusomundo.
De Janeiro a Novembro de 2008, registaram-se 13,9 milhões de espectadores nas salas de cinema em Portugal, segundo dados do ICA.