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Sumol+Compal avança para despedimento coletivo de 80 pessoas

A Sumol+Compal vai iniciar um processo de despedimento coletivo, na sequência de dificuldades provocadas pela crise pandémica. A medida vai abranger 5,5% dos trabalhadores da empresa.

12 de Novembro de 2020 às 13:27
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A Sumol+Compal vai avançar para um processo de despedimento coletivo. A medida, que surge na sequência das dificuldades causadas pela pandemia, vai abranger 5,5% dos trabalhadores da empresa, o que corresponde a cerca de 80 pessoas, e será transversal às várias áreas de funcionamento da organização.

Em comunicado, a Sumol+Compal destaca que, as alterações de "natureza estrutural" que a covid-19 tem provocado na economia nacional, como o teletrabalho e a "exigência crescente de cadeias de abastecimento mais flexíveis, próximas e rápidas", estão a provocar "quebras acentuadas" nas vendas da empresa face ao ano passado, sobretudo para o canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés), que regista "quebras bem mais acentuadas".

"Face a este cenário, ao prolongamento de medidas restritivas que afetam negativamente o nosso negócio e ao nível de atividade económica previsto para o futuro, a SUMOL+COMPAL vê-se obrigada a proceder a um processo de reajustamento da sua estrutura", lê-se na nota enviada à imprensa.

A empresa classifica a decisão como "muito difícil", tendo sido tomada "perante uma conjuntura excecional", mas que "se afigura fundamental para assegurar a sustentabilidade económico-financeira da empresa".

A opção pelo despedimento coletivo foi tomada "por se considerar que é aquela que maximiza a proteção social aos colaboradores abrangidos por este processo, nomeadamente no acesso ao subsídio de desemprego". O Negócios sabe que o valor das indemnizações a pagar será acima do quadro legal, e será complementado pela extensão de alguns benefícios, como o seguro de saúde. 

A medida enquadra-se "num plano mais amplo de reestruturação" da empresa, "que tem vindo a reduzir custos e investimentos em diferentes áreas para fazer face aos desafios atuais". Nesse sentido, os administradores da empresa abdicaram do prémio relativo ao ano passado. Está ainda prevista uma redução da composição do conselho de administração da Sumol-Compal. 

Em abril, a empresa aderiu ao regime de lay-off simplificado, que impede a concretização de despedimentos enquanto a empresa beneficiar da medida, e nos 60 dias seguintes. O lay-off abrangeu cerca de 40% dos trabalhadores e tinha uma duração inicial prevista de 30 dias, mas acabou por ser prolongada por mais um mês. A empresa justificou na altura a adesão ao apoio com as quebras acentuadas das vendas, sobretudo ao canal Horeca, que caíram 90%, o que implicou uma redução da produção superior a 40%.
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