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“Split” a partir de Maio será o próximo catalisador da JM

As acções da Jerónimo Martins tocaram ontem um novo máximo desde o início de 2000, nos 20,95 euros, após uma subida superior a 2%, sendo que a companhia tem ainda catalisadores para continuar em alta na bolsa, de acordo com analistas. Um deles é a realiza

24 de Abril de 2007 às 06:10
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As acções da Jerónimo Martins tocaram ontem um novo máximo desde o início de 2000, nos 20,95 euros, após uma subida superior a 2%, sendo que a companhia tem ainda catalisadores para continuar em alta na bolsa, de acordo com analistas. Um deles é a realização do "stock-split" que está agendada para breve.

O CEO, Luís Palha, revelou ao Jornal de Negócios que o processo será desencadeado poucos dias depois do pagamento do dividendo, operação que será efectuada na sexta-feira.

Este é um dos catalisadores das acções da empresa, sendo que os analistas destacam também a previsível compra de 49% da Jerónimo Martins Retalho (JMR), a apresentação de resultados (3 de Maio). Até porque as acções não têm parado de subir.

Este ano avançam mais de 21%, caminhando assim para o quinto ano consecutivo de ganhos. A capitalização bolsista é agora de 2,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de mil milhões de euros no espaço de dois anos e 750 milhões em 12 meses.

O "stock split" é uma operação que não acrescenta valor (por cada acção os accionistas passam a ter cinco que no conjunto valem o mesmo), mas tem tido historicamente um efeito positivo entre as companhias que o fazem.

Uma análise recente do Jornal de Negócios mostra que só no último ano, quatro empresas listadas na Euronext Lisbon recorreram a este mecanismo e o resultado é positivo, sobretudo ao nível da liquidez (mais que duplicou).

Nos últimos seis meses a Jerónimo Martins negociou em média 175 mil acções, um valor superior aos 148 mil títulos verificados em 2006. A empresa é uma das "top picks" da Lisbon Brokers para o segundo trimestre, tendo a casa de investimento reforçado a recomendação de "forte compra" precisamente pela proximidade do "stock split", que "vai dar às acções um necessário abanão na liquidez".

A maior história do sector

Outras das casas de investimento que mais "gosta" da Jerónimo Martins é a JPMorgan. Numa nota de "research" ontem divulgada, o banco de investimento subiu a avaliação dos títulos de 23 para 24 euros, com uma recomendação de "overweight".

Para a JPMorgan, a Jerónimo Martins é a "maior história de crescimento" do sector do retalho europeu, destacando o facto de se esperar um crescimento médio anual de 15% nas receitas até 2009. Para a mesma fonte, o "buyout" da Jerónimo Martins Retalho deverá acrescentar valor às acções, bem como a "entrada na Roménia ou Ucrânia e, possivelmente, a oferta pública inicial da Biedronka".

Apesar do "tom" positivo do "research", a JPMorgan identifica no financiamento de "todas as excelentes oportunidades de investimento" o maior problema da Jerónimo Martins.

A casa de investimento cita a expansão do parque de lojas em Portugal e na Polónia, bem como a aquisição dos 49% da JMR. Para esta operação o banco de investimento considera que poderá ser necessário um aumento de capital, para além do possível encaixe com a colocação da Biedronka em Bolsa.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, Luís Palha referiu que não está previsto nenhum aumento de capital e que o IPO da unidade polaca "não está completamente fora de hipóteses mas não está em cima da mesa".

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