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Sonae vai votar contra entrada do consórcio Cofina/Lecta na Portucel

A Sonae reafirmou que continuará «firme» na sua posição na Portucel e que votará contra a entrada do consórcio Cofina/Lecta na empresa papeleira, afirmou o presidente, Belmiro de Azevedo, ressalvando que «não queremos encravar (o processo)».

30 de Outubro de 2003 às 14:57
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A Sonae reafirmou que continuará «firme» na sua posição na Portucel e que votará contra a entrada do consórcio Cofina/Lecta na empresa papeleira, afirmou o presidente, Belmiro de Azevedo, ressalvando que «não queremos encravar (o processo)».

Belmiro de Azevedo, à margem do Fórum de Competitividade, Qualidade e Inovação, promovido pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), afirmou que «a Sonae anda nisto há quatro anos e que não está para brincar, portanto quando não gostamos dizemos que não».

«Não queremos encravar (o processo), mas têm que nos fazer uma proposta irrecusável», afirmou o presidente da Sonae, sublinhando que «não estou vendedor, mas não sou um empata».

A Sonae considera que se for lançada uma proposta melhor do que a sua, não terão qualquer direito para a travar, mas «esta (lançada pelo consórcio Cofina/Lecta) é inaceitável». A empresa conta com o apoio de alguns accionistas minoritários que partilham a sua opinião.

O responsável mostrou-se satisfeito por «finalmente» já haver um debate «razoável» e que já «há muitos membros do Governo sensibilizados para o problema».

Belmiro de Azevedo rematou dizendo a proposta supra citada «dilui o valor de quem ficar por lá e do valor do proprietário da participação remanescente».

A Sonae, num documento emitido ontem, afirmou que a aquisição da Lecta destrói o valor accionista da empresa em 250 milhões de euros.

A Portucel irá realizar, amanhã, a sua Assembleia Geral onde será votado o aumento de capital até 25%, através da entrada do consórcio Cofina/Lecta, no âmbito da segunda fase de privatização da papeleira.

As acções da Portucel seguiam a subir 0,74%, para os 1,36 euros.

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