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Sonae Capital mais do duplica prejuízos no primeiro semestre

A empresa ainda liderada por Cláudia Azevedo registou perdas de 9,93 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, contra 4,48 milhões um ano antes.

Bruno Simão
27 de Julho de 2018 às 19:02
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A Sonae Capital reportou um prejuízo de 9,93 milhões de euros entre Janeiro e Junho deste ano, o que corresponde a um agravamento de mais de 100% face às perdas de 4,48 milhões no período homólogo de 2017.

 

Apesar da melhoria evidenciada ao nível do EBITDA (+1,2 milhões de euros), o resultado líquido foi impactado principalmente pelo maior nível de amortizações (+3,2 milhões), fruto sobretudo das aquisições ocorridas no segmento de energia e fitness; e por custos não recorrentes no montante de 0,7 milhões, devidos, sobretudo, a restruturação de pessoal e uma imparidade relativa a um negócio realizado através da RACE Brasil, tal como divulgado no primeiro trimestre, explica a empresa no seu relatório e contas.

 

A penalizar o resultado líquido, quando comparado com o ano anterior, esteve também o reconhecimento, no primeiro semestre de 2017, de "badwill" no valor de 1,8 milhões relativo às operações adquiridas no segmento de energia, acrescenta no comunicado dos resultados enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

Assim, a melhoria operacional registada na maioria dos negócios ainda não foi visível ao nível do resultado líquido, por via de custos não-recorrentes registados no 1S18, incluindo a estimativa de fecho da RACE Brasil, e de um aumento das amortizações, em função das novas operações no portefólio, sumariza.

 

A empresa, recorde-se, é ainda comandada por Cláudia Azevedo. A filha de Belmiro de Azevedo, que vai presidir à Sonae, já renunciou à liderança da Sonae Capital, mas falta agora efectivar estas mudanças.

 

O volume de negócios das unidades de negócio da Sonae Capital ascendeu a 84,8 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, um incremento de 29,4% face ao período homólogo de 2017.

 

No mesmo período, o volume de negócios consolidado foi de 92,6 mihões, o que representa um aumento de 27,8% face ao primeiro semestre do ano passado, "uma evolução positiva tanto devido ao desempenho das unidades de negócio como dos activos imobiliários", salienta o comunicado dos resultados.

 

Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado cresceu 21,7%, para 6,7 milhões de euros, gerando uma margem de 7,2%, 0,4 pontos percentuais abaixo do mesmo períofo de 2017 devido maioritariamente ao desempenho dos activos imobiliários.

 

No que respeita aos activos imobiliários que ajudaram a manter a tendência de crescimento das receitas das unidades de negócio e a melhorar a rentabilidade operacional (+40,6%), a Sonae Capital destaca o Troia Resort, "com a realização, à data deste reporte, de 19 escrituras de Unidades Turísticas Residenciais correspondentes a 7,1 milhões de euros, à qual acrescem, na mesma data, 11 contratos em Reserva/CPCVs, no montante global de 5,2 milhões", destaca.

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