O semanário Sol estima ter vendido 180 mil exemplares na sua segunda edição, publicada sábado passado, menos cerca de 11 mil que o rival Expresso, de acordo com valores hoje avançados pelos dois jornais.

Estes valores levaram as direcções a decidir manter as tiragens de 210 mil e 200 mil exemplares, respectivamente, já adoptadas no sábado passado.

Para o Sol, dirigido por José António Saraiva, o número de vendas atingido é "histórico" por "ultrapassar as vendas do número um e situar-se claramente acima das expectativas", refere o documento assinado pelo administrador-delegado do semanário, José Marquitos, e pelo director-adjunto José António Lima.

De acordo com o Expresso, o semanário, actualmente dirigido por Henrique Monteiro, vendeu 191 mil dos 200 mil exemplares editados.

Os dois jornais decidiram este mês aumentar as tiragens para responder à procura por parte dos leitores.

O Expresso, que adoptou dia 9 um novo formato, introduziu cor e alterou alguns conteúdos, aumentou a tiragem de 160 mil para 200 mil exemplares no sábado seguinte, dia em que foi lançado o Sol.

Segundo explicou na altura o administrador executivo do Expresso, Pedro Norton, o aumento de tiragem justificou-se porque a procura da edição de dia 9 esgotou em cinco horas.

O Sol "respondeu" a este aumento com uma tiragem de 210 mil exemplares, a maior de sempre registada por um semanário, depois das vendas do primeiro número terem esgotado os 128 mil exemplares impressos.

Na apresentação do Sol, o director (e ex-director do Expresso) afirmou querer atingir a liderança de vendas entre semanários "no prazo máximo de um ano", referindo que o objectivo era "liderar desde o primeiro número".

De acordo com os dados hoje disponibilizados pela Associação Portuguesa para o Controlo das Tiragens (APCT), o Expresso vendeu, entre Janeiro e Junho deste ano, uma média de 118.483 exemplares por edição.