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Sindicatos recusam aumento salarial médio de 0,2% proposto pela Caixa Geral de Depósitos

Para justificar a recusa, o Mais - Sindicato do Setor Financeiro (ex-Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas) e o SBC recordam que "a CGD acabou de apresentar os lucros até setembro, no valor de 429 milhões de euros, um aumento de 9,4% face aos primeiros nove meses de 2020".

João Cortesão
09 de Novembro de 2021 às 13:48
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O Mais Sindicato e o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) "recusaram liminarmente" o aumento médio de 0,2% da tabela salarial proposto pela CGD para este ano e pretendem negociar uma revisão salarial conjunta para 2021 e 2022.

"A CGD [Caixa Geral de Depósitos] manifestou disponibilidade para rever a sua posição inicial de 0,15% de aumento médio da tabela para 0,2%, à semelhança do que havia sido apresentado pela restante banca em sede de revisão do ACT [Acordo Coletivo de Trabalho] do setor bancário", referem os sindicatos num comunicado divulgado esta terça-feira, na sequência da reunião de negociação realizada na passada quinta-feira.

Segundo adiantam, "a resposta dos sindicatos foi a expectável: recusaram liminarmente esta proposta, tal como já tinham feito com a restante banca".

Para justificar a sua recusa, o Mais - Sindicato do Setor Financeiro (ex-Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas) e o SBC recordam que "a CGD acabou de apresentar os lucros até setembro, no valor de 429 milhões de euros, um aumento de 9,4% face aos primeiros nove meses de 2020".

No comunicado divulgado esta terça-feira, os sindicatos referem que, "apesar de várias insistências do Mais e do SBC, só depois de meses de espera e já quase no fim do ano se realizou, no dia 04 de novembro, a primeira reunião de negociação de revisão do Acordo de Empresa (AE) da CGD para atualização da tabela e cláusulas de expressão pecuniária para 2021".

No encontro, e "atendendo ao atraso no processo para 2021", os sindicatos dizem ter transmitido ainda a "intenção [de] negociar já a revisão da tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária para 2022", lembrando "as boas práticas anteriores, nomeadamente na última negociação, que permitiu a revisão salarial conjunta de 2019 e 2020".

Segundo consideram, este foi "um processo vantajoso para todas as partes e que deveria ser repetido na atual revisão".

De acordo com os sindicatos, no final da reunião da passada quinta-feira "as partes concordaram em rever as suas posições e contribuir para que se obtenha um acordo com a maior brevidade possível".
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