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Shell vai dar baixa de até 5 mil milhões de dólares em ativos com saída da Rússia

A gigante petrolífera Shell espera registar imparidades depois da saída da Rússia. Dados concretos vão constar do relatório financeiro do primeiro trimestre do ano, ca ser divulgado no próximo mês.

Reuters
07 de Abril de 2022 às 09:02
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A Shell anunciou, esta quinta-feira, que vai assumir imparidades entre 4 e 5 mil milhões de dólares no valor dos seus ativos, na sequência da saída da Rússia por causa da invasão da Ucrânia. O anúncio oferece uma ideia do potencial impacto financeiro para as principais petrolíferas do Ocidente resultante da retirada da Rússia.

"Nos resultados do primeiro trimestre de 2022 espera-se que o impacto depois de impostos das imparidades em ativos não correntes e encargos adicionais (por exemplo esperadas perdas de crédito e contratos onerosos) relacionados com as atividades na Rússia seja de 4 a 5 mil milhões de dólares", indicou a Shell, num comunicado citado pela emissora CNBC.

"Espera-se que estas cobranças sejam identificadas, pelo que não terão impacto nos lucros ajustados", afirmou a petrolífera, indicado que detalhes adicionais sobre os desenvolvimentos em curso na Ucrânia serão apresentados, a 5 de maio, no relatório financeiro relativo ao primeiro trimestre do ano.

A Shell foi forçada a pedir desculpa, a 8 de março, por ter comprado uma remessa de petróleo russo com um grande desconto duas semanas após a invasão da Ucrânia pela Rússia. E, em seguida, anunciou que planeava deixar de ter qualquer envolvimento com os hidrocarbonetos russos.

A gigante petrolífera afirmou que não iria comprar mais crude da Rússia, que pretendia fechar as suas gasolineiras, assim como encerrar as operações ligadas aos combustíveis para a aviação e lubrificantes no país. Prometeu ainda abandonar as 'joint-ventures' com a Gazprom e entidades relacionadas.
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