Notícia
Sapatarias Marypaz em pré-insolvência em Espanha
A empresa - que detém mais de 20 lojas em Portugal - entregou o pedido de pré-concurso de credores em Espanha, avança o jornal Expansión. As receitas da cadeia de venda de calçado têm vindo a cair nos últimos anos.
A cadeia de lojas de calçado Marypaz - com origem em Espanha e que detém cerca de 40 lojas em Portugal -, encontra-se em pré-insolvência no país vizinho. A notícia é avançada pelo jornal Expansión, que acrescenta que a empresa enfrenta dívidas de cerca de 30 milhões de euros.
De acordo com aquela publicação, que cita fontes próximas dos proprietários, o objectivo é proteger a empresa. O pré-concurso de credores, a figura jurídica adoptada, dá quatro meses para que a companhia alcance um acordo com os seus fornecedores. Se não o conseguir, é declarada insolvente.
O periódico acrescenta que a situação financeira da empresa se degradou nos últimos anos em resultado da forte concorrência no segmento low-cost, sobretudo em Espanha. Há quatro anos, facturava 176 milhões de euros passando para os 121 em 2014. As contas de 2015 ainda não são conhecidas.
Em Portugal, a empresa de calçado entrou há cinco anos com a compra de uma rede de 45 lojas de uma empresa do sector têxtil, tendo depois reorganizado a operação no país. Actualmente, de acordo com o seu site, está presente em 24 localizações.
O Negócios contactou a empresa em Portugal mas aguarda ainda por esclarecimentos sobre se o processo em curso terá impacto na actividade da marca no país.
A empresa foi fundada em Sevilha em 1972 por Angelo Aguaded. Em 1987 os seus três filhos assumiram a condução do negócio, que se mantém nas mãos da família desde a origem.
No final do ano passado entrou nos Emirados Árabes Unidos. Actualmente, segundo o Expansión, tem quase 400 lojas próprias e emprega 1.250 colaboradores em Espanha, Arábia Saudita, Egipto, França, Guatemala, Honduras, Kuwait, Qatar e República Dominicana, além de Portugal.
Há três anos, tinha planos para entrar também em Itália, Holanda, Alemanha e Reino Unido para chegar pelo menos aos 30 países até 2017.