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SAG acusa Governo de não concretizar apoios à indústria automóvel

A SAG Soluções Automóvel Globais critica o Governo por ainda não ter colocado em prática o prometido programa de apoio à indústria automóvel, na componente de incentivo à procura.

09 de Abril de 2009 às 13:16
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A SAG – Soluções Automóvel Globais critica o Governo por ainda não ter colocado em prática o prometido programa de apoio à indústria automóvel, na componente de incentivo à procura.

“Foi tudo anunciado com pompa e circunstância, mas até agora nenhuma medida foi levada à prática”, diz o administrador da SAG, Fernando Monteiro, dando conta de que “o mercado de automóveis em Portugal registou uma quebra brutal [superior a 40%] só no primeiro trimestre”, contra os esperados 15%.

A empresa, responsável pela distribuição das marcas VW, Audi e Skoda em Portugal (através da SIVA), reclama pelo lançamento imediato de medidas do Governo que estimulem a procura, à semelhança do que já fizeram os executivos de França e Alemanha com impactos positivos no mercado.

“São urgentes as medidas de incentivo à procura, para dinamizar o mercado nacional de automóveis”, defendeu Fernando Monteiro, num encontro com jornalistas esta manhã, sobre os resultados da SAG em 2008. O responsável prevê uma quebra global de 30% no mercado nacional em 2009, se nada for feito.

Sobre as medidas, o responsável lembrou que tem sido apontado “o reforço dos apoios ao abate de carros e diminuição da idade de vida dos veículos em fim de vida”, considerando que “isto é uma medida positiva”. Mas, “mais importante e com mais impactos”, seria “a suspensão temporária de impostos sobre os veículos”, acredita.

Com uma quebra de 97% nos lucros em 2008 (na ordem dos 30% excluindo extraordinários), para os 1,088 milhões de euros, a SAG admite que venha a sofrer este ano os efeitos da crise, à semelhança de todo o mercado. Mas não avança com números. “Vai ser menor que os 30% do mercado”, limita-se a dizer a CEO da empresa, Esmeralda Dourado.


“Não esperamos que 2009 seja um ano de grandes benesses em termos económicos, do mercado em geral, mas a operação cá (Portugal) e lá (Espanha, Brasil e Polónia) está com uma actividade saudável e bem posicionada para continuar a correr bem”, diz a gestora.

“Prevemos mesmo um reforço das quotas de mercado. Mas ninguém paga as contas com reforços das quotas de mercado”, admitiu o administrador responsável pelas vendas, Fernando Monteiro.

A SAG rejeita que, devido à crise e à quebra de vendas, tenha de vir a fazer uma reorganização da rede de concessionários. “A nossa rede, não é nova e está genericamente adaptada. As quebras de um ou dois anos nas vendas podem ser suportadas pelo negócio do após-venda, um negócio que hoje tem mais rentabilidade”, explicaram os responsáveis.

Já a OPV – oferta pública de venda que estava programada para a participada no Brasil está completamente descartada.

“No final de 2007 tínhamos tudo preparado para avançar com a dispersão em bolsa de parte do capital da Unidas, no Brasil. Tínhamos todas as aprovações e estávamos prestes a iniciar o road-show. Não saímos por três semanas. O mercado começou a degradar-se e deixou de haver condições para avançar com este tipo de operações”, explica Esmeralda Dourado.

A presidente executiva rejeitou fazer previsões de longo prazo, dada volatilidade que caracteriza actualmente os mercados, afirmando que “não vale estar falar de realizar um IPO neste momento e fazer projecções a seis meses também não”.

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