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SAD do Benfica diminui prejuízos em 27%

O Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD diminuiu os prejuízos em cerca de 27% no ano fiscal que terminou no final de Julho de 2005. Esta queda dos prejuízos, apesar da queda nas receitas, está relacionada com uma descida dos custos de cerca de 6%.

17 de Outubro de 2005 às 11:42
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O Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD diminuiu os prejuízos em cerca de 27% no ano fiscal que terminou no final de Julho de 2005. Esta queda dos prejuízos, apesar da queda nas receitas, está relacionada com uma descida dos custos de cerca de 6%.

Os prejuízos do Benfica recuaram para 5,8 milhões de euros, o que representa uma queda de 26,92% face aos 7,9 milhões de euros registados em período homólogo, segundo os dados disponibilizados no Relatório & Contas da companhia.

Os custos operacionais desceram 5,9% para os 50,2 milhões de euros, numa altura em que as receitas também recuaram 2,9% para os 46,1 milhões de euros.

Apesar da quedas dos custos, regista-se um aumento superior a 100% das provisões, o que a empresa justifica com o facto da administração ter decidido que «deveria, por uma questão de prudência, provisionar a totalidade dos saldos existentes com o Dr. João Vale e Azevedo e empresas suas relacionadas, apesar da sociedade continuar a reclamar a restituição dos valores em causa junto das instâncias competentes, assim como 100% do saldo existente com o Atlético Madrid relacionado com o ex- atleta Daniel Carvalho (Dani), mantendo a Sociedade o litígio com o clube espanhol junto da FIFA», de acordo com o relatório enviado à CMVM e que os accionistas deverão aprovar em assembleia geral.

Receitas de bilheteira em queda

As receitas de bilheteira registaram «um recuo normal e espectável» depois de no ano anterior terem crescido, «tendo em consideração que no exercício anterior ocorreu a inauguração do novo estádio e, consequentemente, uma maior procura por parte dos sócios e adeptos em conhecer o novo reduto do Benfica».

Se se juntar às receitas de bilheteira as vendas de lugares cativos, os proveitos ascenderam a 10,8 milhões de euros, o que representa uma queda de 9% face ao ano anterior. Do total dos proveitos, 86% foram gerados por «receitas de bilheteira, cativos, patrocínios e publicidade, quotizações, transmissões televisivas e alienação de direitos desportivos».

Este recuo «foi principalmente contrariado pelo aumento de 24% verificado na rubrica de patrocínios e publicidade, que atingiu cerca de 8,3 milhões de euros». Esta variação é «em parte explicada pelos prémios face a objectivos desportivos que estão estipulados nos contratos com os principais patrocinadores», explica a empresa no mesmo comunicado.

A rubrica de «outros proveitos» cresceu mais de 100% para os 3,02 milhões de euros, influenciado pelas «contrapartidas estipuladas no contrato de venda dos direitos desportivos do atleta Tiago Mendes para o Chelsea», pela «alienação parcial dos direitos financeiros dos atletas Luís Miguel Monteiro, Manuel Fernandes, Hélio Roque, Tiago Santos e João Vilela, mantendo a Benfica SAD a integralidade dos respectivos direitos desportivos», de acordo com a mesma fonte.

Benfica teria lucros com contabilização de transferências de Miguel e Alex

A SAD destaca que «caso as transferências dos direitos desportivos dos atletas Luís Miguel Monteiro e Domingos Alexandre da Costa (Alex) se tivessem efectivado antes de 31 de Julho de 2005, quer os resultados operacionais, quer os resultados líquidos do exercício teriam sido positivos».

O Jornal de Negócios noticiou em Abril que a SAD tem como objectivo atingir o «break-even» até ao final do próximo exercício. Até Julho de 2006, o clube prevê alcançar o equilíbrio de contas, não só a nível consolidado, mas em cada uma das empresas do universo benfiquista, garantiu ao Jornal de Negócios Domingos Soares de Oliveira, administrador da SAD e presidente da comissão executiva. Com o seu plantel «praticamente amortizado» as expectativas do clube passam por aumentar receitas sem recorrer à venda de jogadores. Estes são alguns dos objectivos estratégicos definidos no modelo de governação aprovado pela direcção do clube em Dezembro de 2004.

No que respeita a resultados financeiros, «registou-se um agravamento em cerca de 978 mil euros face ao exercício anterior, originado pelo aumento da dívida a instituições bancárias que se verificou no segundo semestre de 2003/2004 e que se manteve no exercício corrente».

A SAD do Benfica terminou o exercício com um passivo de 125,7 milhões de euros, acima dos 122,8 milhões de euros verificados no período homólogo.

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