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Rui Rio: "há coisas que os bancos fazem que geram animosidade"

O ex-autarca, que acompanhou Jorge Coelho e Lobo Xavier numa "Quadratura do Círculo" especial, no Porto, criticou a "irresponsabilidade" das notícias em torno do Banif, nos últimos dias.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Dezembro de 2015 às 11:33
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Poucos minutos depois de elogiar a SIC por ter mantido a sua presença na conferência "Portugal 2016 - o futuro do país e das empresas", contra a oposição do FC Porto e que obrigou a mudar a localização do evento, Rui Rio voltou a criticar a comunicação social. "Não posso concordar com notícias alarmistas da comunicação social que podem complicar uma situação já difícil", referiu, falando da situação do Banif nos últimos dias. "Sabendo já o que aconteceu anteriormente, tem que haver responsabilidade. Temos que dar tempo ao tempo e conseguir que a banca recupere", disse o ex-presidente da Câmara do Porto.

Rui Rio, no entanto, deu conta de que a banca nem sempre age bem. "Há coisas que os bancos fazem que geram animosidade, como uma comissão para ter uma conta. É preciso ir buscar receitas de outra maneira" adiantou.

Jorge Coelho, por sua vez, referiu que "qualquer país não tem futuro se não tiver uma banca forte. A palavra-chave é confiança. Tem havido uma irresponsabilidade absoluta na maneira como a comunicação trata estas questões", criticou.

Lobo Xavier, por sua vez, criticou o novo Governo. "Os apoios do PS [PCP e BE] querem nacionalizar os bancos. Catarina Martins disse que chegou a hora da banca pagar. Sei o que são os custos regulatórios, as taxas sobre o sector bancário. Eu tenho medo. Eles falam assim e eu tenho medo", atirou Lobo Xavier.

Governo só correrá mal com "erros crassos"

Rui Rio acredita que os próximos dois anos vão correr relativamente bem ao Governo do PS. "Só se António Costa cometer erros crassos é que os primeiros dois anos correm mal", adiantou o ex-autarca. "Eu não acho que o crescimento económico possa ser feito pelo alargar do consumo e sim pelas exportações e investimento, mas acho que há uma folga para alargar mais o consumo. Se o PS só for até aí pode ser positivo", salientou Rui Rio.

Jorge Coelho, por sua vez está "optimista", apesar da "originalidade" do novo Executivo. "Teremos um governo diferente. Parece que todos os dias há nervos porque nunca se sabe em que é que as negociações com o partido x e y podem dar. Isto é uma realidade diferente, com negociações permanentes", referiu o ex-ministro socialista.

Lobo Xavier questionou se "Portugal aguenta uma governação destas", em que o Executivo "cedeu aos sindicatos dos transportes" com a reversão das concessões de transportes.

Quanto às presidenciais, Rio diz não se ter "arrependido" de não avançar para a corrida, algo que Jorge Coelho gostava de ter visto, assim como uma candidatura de Guterres. O socialista recordou ainda que não estamos "numa monarquia e não há coroações antecipadas".

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