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Receitas de tráfego e benefícios fiscais impulsionam lucros da Brisa(act)

Os lucros da Brisa aumentaram 24% para os 161,9 milhões de euros nos primeiros nove meses, auxiliados por um crescimento de 10% nas receitas de tráfego, revelou hoje em comunicado a concessionária de auto-estradas.

29 de Outubro de 2002 às 17:56
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Os lucros da Brisa aumentaram 24% para os 161,9 milhões de euros nos primeiros nove meses, auxiliados por um crescimento de 10% nas receitas de tráfego, revelou hoje em comunicado a concessionária de auto-estradas.

No conjunto dos três trimestre do ano, a Brisa registou lucros líquidos de 200 milhões de euros, «devido à contabilização dos benefícios fiscais gerados neste trimestre, na ordem dos 43 milhões de euros», refere a empresa.

Nos primeiros nove meses do ano, a concessionária de auto-estradas nacional facturou 398 milhões de euros, o que representa um crescimento de 12% face a igual período do ano anterior.

As receitas da portagem representaram 85% das receitas totais, tendo crescido para os 342 milhões de euros, mais 10% do que o verificado nos primeiros nove meses de 2001.

A Controlauto detida a 59,55% pela Brisa facturou, nestes nove meses, um total de 10 milhões de euros, enquanto a Via Verde Portugal foi responsável por receitas que totalizaram os 3,2 milhões de euros.

No terceiro trimestre, foram inaugurados mais 66 km de auto-estradas que contribuíram para o aumento de 1,8% no tráfego ou 27.735 veículos por cada km.

O «cash flow» operacional do grupo ou EBITDA atingiu os 295 milhões de euros, mais 9% do que o registado em igual período de 2001.

A margem operacional da Brisa, neste período, foi de 74,1%.

Os custos operacionais do grupo cresceram acima das receitas, cifrando-se nos 103 milhões de euros, no conjunto dos nove meses do ano. Este valor corresponde a um crescimento total de 24% face ao registado em igual período de 2001.

Os custos com o pessoal subiram 19% para os 54,4 milhões de euros, reflectindo «a expansão da rede», tendo sido contratados mais «portageiros e responsável por serviços de assistência e manitenção».

A Brisa contava, em Setembro passado, com 2.960 colaboradores.

A aquisição de 50% do capital da Mcall contribuiu para um aumento de 1,2% nos custos com pessoal da Brisa.

Brisa investe 523 milhões de euros

Entre Janeiro e Setembro, a concessionária nacional liderada por Vasco de Mello investiu um total de 523 milhões de euros, menos 17% do que o registado em igual período de 2001.

Estes investimentos incluem a compra de 5,77% do capital da espanhola Acesa por um total de 218,5 milhões de euros.

Noutros investimentos internacionais, a Brisa gastou mais 30,7 milhões de euros.

Na construção de novos lanços, a Brisa investiu 266,1 milhões de euros, correspondente a um decréscimo de 6% face ao período de 2001.

CCR com impacto negativo de 29 milhões de euros

A Brisa detém 17% do capital da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), participada no Brasil que contribuiu negativamente em 29 milhões de euros para os resultados financeiros.

Os resultados financeiros da Brisa totalizaram os 69 milhões de euros negativos, deste total o Brasil «teve um impacto de 29 milhões de euros», segundo o comunicado da empresa.

«O contributo liquído da emprewsa brasileira CCR é decomposto entre variação da equivalência patrimonial negativa de 1,6 milhões de euros, amortização do goodwill de cerca de 13,7 milhões de euros e juros de financiamento ascenderam a 14,4 milhões de euros», explica a concessionária.

A Brisa salienta a redução do custo médio da dívida que atingiu os 4,4%, excluindo a actividade no Brasil. O activo líquido da empresa aumentou para os 4,345 mil milhões de euros. Os capitais próprios da Brisa, cresceram 58% com a aplicação da directiva contabilistica para os 1,276 mil milhões de euros.

As acções da Brisa encerraram nos 4,96 euros, perder 1,59%.

Por Bárbara Leite

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