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"Não gosto" desta tensão com José Sócrates

Foi maoísta e esteve com um passo na política numa altura em que toda a gente lá tinha os dois. Depois ouviu dizer que morreram mais pessoas nos campos de concentração soviéticos do que nos nazis e não acreditou. José Manuel Fernandes, em entrevista ao Jornal de Negócios, diz continuar "a ser idealista".

01 de Agosto de 2008 às 15:03
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Foi maoísta e esteve com um passo na política numa altura em que toda a gente lá tinha os dois. Depois ouviu dizer que morreram mais pessoas nos campos de concentração soviéticos do que nos nazis e não acreditou. José Manuel Fernandes, em entrevista ao Jornal de Negócios, diz continuar “a ser idealista”.

À medida que foi confirmando algumas verdades foi deixando de acreditar numa “possibilidade de transformar o homem e a sociedade” e evoluiu “para uma posição mais céptica em relação à natureza humana”.

É jornalista desde os 19, fez jornalismo de tendência, foi repórter no “Expresso”, e dirige há dez anos um dos principais jornais portugueses. É polémico, não gosta de “textos meias tintas”, mas confessa também que tem escrito coisas sobre as quais diz depois: “Estava errado, a análise estava errada”. A resposta sucede a uma questão sobre a sua defesa da invasão do Iraque.

Tem a consciência de que tem alguma influência e a certeza de que, em última análise, nada decide. José Manuel Fernandes, director do “Público”, explica em entrevista à Anabela Mota Ribeiro publicada na edição de hoje do WEEKend no Jornal de Negócios porque é que não gosta da “tensão” que define a sua relação com José Sócrates e o seu Governo.

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