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Quem é Jack Welch

John Frances Welch Jr., ou simplesmente Jack Welch, nasceu em Massachusetts, em 19 de Novembro de 1935. De origem humilde, foi o primeiro da família a ir para a universidade, concluindo uma licenciatura em engenharia química. A sua ambição era ter 30 mil dólares quando tivesse 30 anos.

22 de Junho de 2009 às 18:55
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John Frances Welch Jr., ou simplesmente Jack Welch, nasceu em Massachusetts, em 19 de Novembro de 1935. De origem humilde, foi o primeiro da família a ir para a universidade, concluindo uma licenciatura em engenharia química. A sua ambição era ter 30 mil dólares quando tivesse 30 anos.

Em 1999 foi considerado o “Gestor do Século” pela revista “Fortune”.

Jack Welch entrou para a General Electric em 1960, como engenheiro químico em Pittsfield. Passado um ano quis sair, pois tinha uma melhor proposta da International Minerals & Chemicals - aumento salarial de 25% - e estava aborrecido com toda a burocracia reinante na GE, mas foi convencido a ficar.

Foi nomeado vice-presidente da empresa em 1972, vice-presidente sénior em 1977, vice-presidente do conselho de administração em 1979 e finalmente em 1981 foi nomeado presidente executivo, tornando-se no mais jovem CEO da GE, cargo que ocupou até 2001. Nessa altura, já a GE era um modelo, com a diversificação das suas áreas de negócio, mas foi Welch quem a impulsionou e a fez entrar numa nova era da gestão.

A revolução de Welch na GE passou por duas grandes fases, a que chamam a fase “hardware” e a fase “software”. Na primeira, começou por introduzir uma estratégia que exigia que cada divisão deveria estabelecer ser a número um ou dois no seu segmento de mercado (“fix it, sell it or close it”). Isso alterou a estrutura de 350 negócios estratégicos para apenas 14 de nível mundial no final da década de 80.

Na segunda fase, defendeu a qualidade, excelência pessoal, criatividade e compromisso, delegando maiores poderes de decisão aos seus gestores. Incentivar os pontos fortes das pessoas era uma das suas apostas.

É conhecido como “Neutron Jack” - devido à bomba de neutrões, que dizima tudo mas deixa os edifícios intactos - numa alusão aos milhares de despedimentos a que procedeu quando reestruturou a GE.

A GE tinha 411 mil empregados no final de 1980 e 299 mil no final de 1985. Dos 112 mil dispensados, 37 mil estavam em negócios que foram vendidos. De salientar que, quando se reformou, tinha criado cerca do dobro dos postos de trabalho que tinha eliminado anteriormente, além de ter aumentado de forma significativa o seu capital de mercado.

Quando Jack Welch deixou a GE, a empresa tinha passado de um valor de mercado de 12 mil milhões de dólares para um valor médio de 400 mil milhões, tornando-a na mais valiosa companhia do mundo.

Publicou quatro livros, o último dos quais editado em Portugal sob o título “Vencer”. É nesse livro, auto-biográfico, que Welch admite que os líderes também erram e que os erros devem ser transformados em experiências de aprendizagem. É assim que os líderes conseguem estimular os seus empregados. Ter a noção que um único erro não vai acabar com a sua carreira, incute na pessoa a confiança necessária para continuar a tomar decisões, defende. Se houver mais erros do que decisões acertadas, é claro que a pessoa será afastada da tomada de decisão, mas uma saudável aceitação dos erros ajuda os líderes a aprender que não decidir é pior do que errar na decisão.

Welch acredita no valor dos erros porque cometeu alguns. Logo no início da sua carreira, na divisão de plásticos, um erro seu resultou na destruição de uma fábrica. A GE, em vez de o demitir, exigiu que ele se dedicasse a minimizar as consequências e depois promoveu-o.

O seu sucesso à frente da GE deve-se essencialmente às suas competências de liderança. Sabia como transmitir de forma eficaz as suas ideias-chave aos restantes colaboradores da empresa e repetia-as vezes sem conta. O seu conceito de mudança foi bastante agressivo, salientando de forma clara o que era preciso mudar.

Aquilo que ele mais detestava quando começou como engenheiro foi exactamente o que mudou quando se tornou CEO: a burocracia da empresa. Transformou-a num ambiente de aprendizagem informal, ao qual gostava de se referir como “grocery store” (mercearia). Isto levou-o a manter contacto com todos os empregados e a interagir melhor com eles, envolvendo-se em todos os aspectos do negócio.

Six Sigma e “Empowerement” são alguns dos conceitos que aplicou na empresa.

A história da GE remete para Thomas A. Edison, que fundou a Edison Electric Light Company, em 1879. A fusão da Edison General Electric Company e da Thomson-Houston Electric Company criou, em 1892, a General Electric Company. A GE é, actualmente, a única empresa presente no Dow Jones Industrial Index que já fazia parte da lista original publicada em 1896 e é uma empresa diversificada que actua nas áreas de tecnologia, média e serviços financeiros.

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