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Proveitos do setor hoteleiro no verão sobem 9% para 2,5 mil milhões

A associação destacou "o desempenho positivo do setor hoteleiro nacional, sem surpresas na época alta", e realçou que, apesar do crescimento relativo face a 2023, "naturalmente e como se previa, já não se registam crescimentos homólogos a dois dígitos, como no ano precedente".

Inês Gomes Lourenço
16 de Dezembro de 2024 às 13:16
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Os proveitos dos empreendimentos turísticos subiram 9% no terceiro trimestre, para 2,5 mil milhões de euros, anunciou esta segunda-feira a associação da hotelaria AHP, destacando a trajetória de crescimento no verão, apesar dos sinais de abrandamento desde o início do ano.

"Durante o período de verão, os empreendimentos turísticos registaram 10,2 milhões de hóspedes (+4%), acompanhados de 28 milhões de dormidas (+3%) e 2,5 mil milhões de euros em proveitos totais (+9%)", adiantou a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em comunicado, com base também em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), Banco de Portugal (BdP), Turismo de Portugal e ANA Aeroportos.

A associação destacou "o desempenho positivo do setor hoteleiro nacional, sem surpresas na época alta", e realçou que, apesar do crescimento relativo face a 2023, "naturalmente e como se previa, já não se registam crescimentos homólogos a dois dígitos, como no ano precedente".

No terceiro trimestre, o preço médio por quarto ocupado (ARR) fixou-se em 145 euros, uma subida homóloga de 6%, enquanto o rendimento por quarto disponível (RevPAR) aumentou para 102 euros, um crescimento também de 6%.

Já a taxa de ocupação manteve-se nos 70%.

Numa análise por regiões, o Algarve manteve-se líder nas dormidas, apesar de um crescimento moderado de 1% e registou o RevPAR mais elevado do país (135 euros).

Já na Madeira observou-se a maior taxa de ocupação do país, com 84%, apesar de uma ligeira descida de um ponto percentual e a região liderou no crescimento da Tarifa Média de Quarto (ARR), com um aumento de 15% para 127 euros.

No Norte registou-se um forte aumento do mercado norte-americano, com os EUA a representarem 12% da quota de hóspedes não-residentes (+19%), e no Centro observou-se o ARR mais baixo do país (91 euros), embora se tenha verificado uma subida homóloga de 4%.

A região da Grande Lisboa registou o ARR mais alto a nível nacional, com uma subida de 5% para 166 euros, enquanto no Alentejo se verificou um crescimento de 4% nas dormidas de residentes e de 12% nas receitas totais.

De acordo com o Banco de Portugal, as receitas provenientes do turismo estrangeiro atingiram 10,6 mil milhões de euros no terceiro trimestre (+8%), representando 24% das entradas de capital na economia portuguesa.

O Reino Unido liderou entre os mercados emissores, gerando 1,6 mil milhões de euros, seguido de França (1,5 mil milhões) e Espanha (1,2 mil milhões).

De acordo com a análise da AHP Research, apesar da diminuição em volume, o mercado francês destacou-se pelo elevado poder de compra, gerando receitas médias de 915 euros por dormida, a mais alta entre todos os mercados emissores.
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