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Produção industrial em Portugal cai pelo quarto mês e vendas no retalho voltam a abrandar
A produção industrial caiu, em setembro, pelo quarto mês consecutivo, enquanto o crescimento das vendas a retalho voltou a perder gás.
Os setores da indústria e do retalho voltaram a dar sinais de abrandamento em setembro, com a produção em queda e o crescimento das vendas a desacelerar.
Segundo os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira, 30 de outubro, a produção das fábricas portuguesas desceu 5,2%, em setembro, face ao mesmo mês do ano passado, depois da descida de 5,3% observada em agosto.
Setembro marcou assim o quarto mês consecutivo de quedas neste indicador, que tem sido penalizado sobretudo pela produção de energia. Neste agrupamento, a produção voltou a cair 17,3% em setembro, depois da quebra de 21,5% registada em agosto.
"A evolução deste índice tem sido particularmente influenciada pelo agrupamento de Energia, sem o qual o índice agregado teve uma variação de -2,2% em setembro e -1,2% em agosto", sublinha o INE.
A produção de bens intermédios também caiu em setembro (5,5%) enquanto os bens de investimento registaram um crescimento ligeiro de 1,1%, inferior ao do mês anterior (7,2%).
Na comparação em cadeia, ou seja face ao mês anterior, a produção das fábricas desceu 2,3%, a mesma variação de agosto, e a segunda descida consecutiva.
No que respeita ao comércio a retalho, o volume de negócios voltou a crescer a um ritmo inferior ao do mês precedente. Em setembro, as vendas aumentaram 3,8%, menos do que a subida homóloga de 4,9% de agosto e de 5,4% de julho.
O abrandamento explica-se sobretudo com a desaceleração das vendas de produtos não alimentares, que passaram de uma subida de 6% em agosto para um ganho de apenas 3,7% em setembro.
Em sentido oposto, as vendas de produtos alimentares intensificaram a sua subida, de 3,5% para 3,8%.
Neste setor, tanto o emprego como as remunerações cresceram abaixo do volume de negócios, com subidas de 2,6% e 3%, respetivamente.