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Presidente da REN critica regulador

José Penedos considera que o regulador espanhol para o sector energético (CNE), controlado pelo Estado, tem uma "política de investimentos mais favorável" sobre a sua congénere REE - Red Eléctrica de España do que a ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos em relação à empresa que preside, a REN - Redes Energéticas Nacionais.

27 de Outubro de 2008 às 20:59
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José Penedos considera que o regulador espanhol para o sector energético (CNE), controlado pelo Estado, tem uma "política de investimentos mais favorável" sobre a sua congénere REE - Red Eléctrica de España do que a ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos em relação à empresa que preside, a REN - Redes Energéticas Nacionais.

As declarações foram feitas hoje pelo presidente da REN, durante a conferência parlamentar "Energia e Sustentabilidade", sem que a ideia tenha sido desenvolvida.

Penedos limitou-se a dizer que "quem vai pagar isto são os consumidores portugueses".

O gestor está convencido de que as redes de transporte e os investimentos que estão em curso para o reforço das interligações entre Portugal e Espanha são "essenciais e uma questão de sustentabilidade para o Mibel - mercado ibérico de electricidade - e também para o futuro mercado do Sudoeste, que vai ligar a Península Ibérica a França".

Quando este cenário for realidade "os portugueses vão ganhar com esta interligação", acredita Penedos, lembrando que as infra-estruturas de energia têm de ser pensadas a longo prazo e que os projectos têm de ser previstos e iniciados com cerca de 20 anos de antecedência.

Neste contexto, a REN determinou em Março passado investir, até 2014, perto de 1,43 mil milhões de euros na modernização das redes eléctricas, à proporção de 240 milhões de euros por ano.

A ERSE, no âmbito da proposta para as tarifas de electricidade de 2009, fixou a taxa de retorno dos investimentos nas redes de electricidade feitos pela REN em 7,55%. Na altura este valor decepcionou o mercado, porque é inferior à taxa de remuneração da espanhola REE (8,11%), mas Penedos veio depois esclarecer que ainda falta o regulador determinar três outros tipos de incentivos que vão ter impacto positivo na taxa final.



A empresa apresenta hoje os resultados do último trimestre e os analistas prevêem uma quebra próxima dos 30%.

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