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Presidente da Fiat morre 15 meses depois de ter tomado posse

O presidente do Conselho de Administração da Fiat, Umberto Agnelli, morreu com cancro, 15 meses depois de tomar posse da fabricante de automóveis italiana, altura em substituiu o seu irmão, Giovanni Agnelli, que tinha falecido um mês antes.

28 de Maio de 2004 às 10:03
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O presidente do Conselho de Administração da Fiat, Umberto Agnelli, morreu com cancro, 15 meses depois de tomar posse da fabricante de automóveis italiana, altura em substituiu o seu irmão, Giovanni Agnelli, que tinha falecido um mês antes.

Umberto Agnelli (na foto) tinha 69 anos e morreu na sua casa em Mandria perto de Turim, «durante a noite» disse o porta-voz da Fiat, Raffaello Porro, citado pela Bloomberg. Ele foi eleito presidente da empresa em Fevereiro de 2003, um mês depois do seu irmão Giovani ter morrido, tendo elaborado um plano para trazer a empresa italiana aos lucros, que estava a perder dinheiro desde 2001.

Foi o pai de Umberto e de Giovanni que fundou a empresa em 1899, sendo que esta família, uma das mais famosas de Itália, detém 30% do capital da Fiat.

Parte do plano de Umberto Agnelli foi contratar o presidente executivo Giuseppe Morchio, que reduziu 12 mil postos de trabalho e que vendeu unidades fora do principal negócio de carros.

Agnelli, que tinha sugerido que se vendesse a Fiat na fase menos positiva em detrimento de a tentar recuperar, aceitou o pedido da família para «salvar» a empresa que emprega 160 mil pessoas e tomou posse após a morte de seu irmão.

Umberto Agnelli juntou-se à Fiat em 1968 como director das operações internacionais e viveu sempre na «sombra» do seu irmão Giovanni. Foi director de gestão da empresa durante dez anos, até 1980 e vice-presidente da mesma na gestão do irmão até 1993.

Em relação ao seu irmão, Giovanni Agnelli faleceu em 2003 com 81 anos, depois de ter estado à frente dos destinos do maior grupo industrial italiano durante 50 anos. O gestor italiano, conhecido como «il avvocato (o advogado)», faleceu em sua casa na sequência de cancro na próstata, tendo dirigido a empresa nos períodos sociais conturbados que a Itália viveu durante a década de 60 e 70, quando as brigadas vermelhas semearam o terror entre os industriais italianos.

Durante a sua gestão, Giovanni adquiriu as marcas de automóveis, Lancia, Autobianchi, Ferrari, Alfa Romeo e Maserati.

A Fiat diminuiu os prejuízos pelo quarto trimestre consecutivo, nos primeiros três meses do ano, uma vez que os novos modelos, nomeadamente o Fiat Panda e o Lancia Ypsilon fizeram com que a procura aumentasse.

O prejuízo da Fiat diminuiu para 212 milhões de euros no trimestre em análise, contra o registado em igual trimestre anterior de 699 milhões de euros.

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