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Prejuízos trimestrais da Impresa aumentam para 9,9 milhões (actualização)

Os prejuízos do Grupo Impresa atingiram os 9,9 milhões de euros (2 milhões de contos) no primeiro trimestre de 2001, o que traduz um agravamento de 743%, influenciados pela redução das receitas publicitárias, revelou a empresa em comunicado.

30 de Abril de 2001 às 10:11
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Os prejuízos do Grupo Impresa atingiram os 9,9 milhões de euros (2 milhões de contos) no primeiro trimestre de 2001, o que traduz um agravamento de 743%, influenciados pela redução das receitas publicitárias, revelou a empresa em comunicado.

No mesmo período do ano passado, a «holding» para os media de Pinto Balsemão (na foto) registou resultados líquidos negativos de 1,34 milhões de euros (269 mil contos).

No primeiro trimestre deste ano, as receitas da Impresa totalizaram 67,34 milhões de euros (13,5 milhões de contos), números que correspondem a uma descida de 4,5% face ao período homólogo.

A companhia sublinhou, no referido comunicado, que o volume do investimento publicitário em televisão caiu 16% em termos homólogos, enquanto a redução deste investimento na área dos jornais deverá ter descido até 5%, em «consequência do abrandamento económico».

O EBITDA, ou «cash-flow» operacional, registou um valor negativo de 7,48 milhões de euros (1,5 milhões de contos), números que comparam com os 6 milhões de euros (1,2 milhões de contos) positivos atingidos no mesmo trimestre de 2000.

Empresa prevê quebra nas receitas para 2001

A Impresa referiu que «deverá atingir receitas consolidadas, em 2001, inferiores ao ano transacto», devido à quebra esperada no mercado publicitário.

De acordo com a mesma fonte, o abrandamento do mercado publicitário deverá afectar também a actividade do segundo trimestre deste ano, com as previsões a apontarem para «uma redução de 5% a 6% na televisão e um crescimento nulo na imprensa, o que significará uma descida em relação aos valores previstos e indicados anteriormente».

Para enfrentar a diminuição das receitas, a Impresa já iniciou um programa de redução de custos, com incidência nas áreas de jornais e revistas, e que irá prosseguir «com atenções redobradas na televisão» no segundo trimestre.

SIC representa 45% do volume de negócios

O volume de negócios da estação televisiva SIC-Sociedade Independente de Comunicação ascendeu aos 30,48 milhões de euros ( 6,11 milhões de contos) no primeiro trimestre deste ano, menos 11,8% que no período homólogo, com este activo a ser responsável por 45% das receitas totais da Impresa.

As receitas líquidas de publicidade da SIC recuaram 22,3%, influenciadas pela descida do investimento publicitário e pela queda verificada na quota de mercado, que se situava nos 47% no final do trimestre. Os custos de programação aumentaram em 8%, segundo dados da empresa.

A SIC Notícias, canal temático lançado no início de Janeiro para a TV Cabo, atingiu receitas de 2,89 milhões de euros (580 mil contos), tendo registado um «share» de audiências de 16,8% no primeiro trimestre, enquanto a SIC Gold foi responsável por receitas de 630 mil euros (127 mil contos) no mesmo período.

O segmento dos jornais, que inclui o «Expresso» e o «Blitz», entre outros, gerou receitas de 13,47 milhões de euros (2,7 milhões de contos), mais 14,3% que no período homólogo, com as receitas de publicidade a aumentarem 15,4% e as receitas de circulação a subirem 10,8%.

No negócio das revistas, representado pela Abril/Controljornal, as receitas caíram 6,6% para os 17,96 milhões de euros (3,6 milhões de contos), tendo as receitas de circulação recuado 27% face ao mesmo trimestre de 2000.

Às 10h00, a Impresa cotava nos 3,65 euros (732 escudos), a perder 1,35%.

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