Notícia
Preços ainda empurram faturação nas indústrias, mas menos
Índice de volume de negócios subia 24,3% em julho, a abrandar. Maior desaceleração ocorre no sector automóvel.
O índice de volume de negócios da indústria manteve um crescimento elevado em julho, influenciado pela inflação, mas abrandou face aos dados do mês anterior, indica nesta quinta-feira o INE.
Os dados que resultam do inquérito mensal às empresas apontam para um crescimento do volume de negócios na indústria de 24,3% face a um ano antes, a comparar com um crescimento de 31,6% no mês anterior.
"O resultado global continuou fortemente influenciado pelo aumento dos preços na indústria, cuja variação se situou em 24,8% (25,6% em junho)", refere o INE.
O maior contributo para o crescimento de julho é dado pelo mercado nacional, no qual a faturação cresce 22,6%, e abranda face aos 27,3% de subida do mês anterior.
Já no que toca a vendas para o exterior, o crescimento no volume de negócios abranda de 37,6% para 26,6%.
A maior desaceleração é notada no grupo de bens de investimento, que incluem maquinaria e automóveis, cujo volume de negócios sobe apenas 13% face ao crescimento de 43,5% anotado em junho. O INE destaca que "a forte desaceleração teve origem fundamentalmente na divisão 29 (fabricação de veículos automóveis, reboques e afins), que cresceu 12,6% no mês em análise, após o forte crescimento (75,0%) observado no mês anterior".
Já no que toca ao emprego e remunerações do sector, cuja evolução é dada por dados administrativos da Segurança Social, o destaque desta quinta-feira mostra que a indústria mantém crescimentos no pessoal ao serviço, numa subida homóloga de 2,9%, igual à do mês anterior. A subida nas horas trabalhadas abranda para 1,7% (2,6% em junho).
Os salários, por outro lado, aceleraram ligeiramente, num crescimento de 6,8% face aos 6,6% de subida registados em junho.