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Portugal Ventures injetou dinheiro em 70 empresas e saiu de 18 em 2021

A capital de risco estatal investiu 8,3 milhões de euros em 48 novas empresas e 4,5 milhões no reforço de capital em 22 outras do seu portfólio, e concretizou 18 “exits”, destacando-se a venda da Zaasks à Worten e do Mercadão à Glovo.

A Merytu, app de recursos humanos para o setor hoteleiro e da restauração, é uma das novas empresas do portfólio da Portugal Ventures.
06 de Janeiro de 2022 às 12:05
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Redcatpig, Taikai, Spotlite, Bandora, Neroes, Cosmos.pic, One Care, Wall-i, Tesselo, Ccrave e United Boutiques são algumas das 48 empresas que receberam, no ano passado, pela primeira vez, um total de 8,3 milhões de euros de investimento da Portugal Ventures, capital de risco do estatal grupo Banco Português de Fomento (BPF).

 

Somou também 22 operações de "follow-on" com 4,5 milhões de euros no reforço da capacidade financeira de empresas do seu portfólio, e meia dúzia de coinvestimentos, num montante total de 13 milhões de euros, destacando-se as da "série A" da Jscrambler, numa ronda total de 15 milhões em coinvestimento com a Ace Capital Partners e com a Sonae IM, e da Peekmed, numa ronda de três milhões de euros em coinvestimento com a Grosvenor.

 

"Num ano onde a única certeza foi a incerteza, a Portugal Ventures manteve ativamente o seu foco: capitalizar as empresas portuguesas que necessitam de fôlego financeiro para fazer crescer novas oportunidades de negócio globais", afirma a administração da Portugal Ventures, em comunicado, prometendo continuar "a trabalhar lado a lado com as empresas do nosso portefólio, com as suas equipas, os nossos parceiros, no sentido de contribuir para o fortalecimento da economia portuguesa".

"A par destes resultados, e apesar de 2021 ter sido pautado pela adversidade, subsiste uma certeza: o ecossistema do empreendedorismo está vivo e pujante", conclui a Portugal Ventures.

 

A prova desta vivacidade, defende a capital de risco estatal, está no facto de ter recebido 297 candidaturas a investimento com um montante solicitado de 74,9 milhões de euros.

 

Três quartos (76%) das candidaturas recebidas, em resultado das várias iniciativas lançadas pela Portugal Ventures, foram de projetos nas áreas de digital e de turismo, submetidas maioritariamente pelas mãos de empreendedores do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 31 e os 40 anos.

 

"Há sinais, contudo, de que o ecossistema está a mudar, com um crescimento expressivo de empreendedores na faixa etária dos 41 aos 50 anos", realça a capital de risco pública.

Em 2021, além das já referidas, todas da área digital, entraram para o portfólio da Portugal Ventures três do setor do turismo (a Merytu, a Sleep&Nature e a The Independente Collective), sete do segmento de "life sciences" (Insignals Neurotech, Nu-rise, RubyNanomed, HatiCancer, Wisify, FastCompChem,BestHealth4U) e 38 da área de "engineering & manufacturing".

 

Neste último caso, contam-se a Watgrid, Reckonai, Cleanwatts, About Aqua Food, Beeyard, Bioworld, Eptune Engineering, Go Clever, Scemai, ihCare, Sky Powerlines, Klugit, Landratech, Corium Biotech, Core Protein, Sciven, Swatter, Neural Solar, UZME, Wakaru, Wysensing, Partner in Cream, S&DG, Flowco, Ablute, Aqva More e a We Can Charge.

Já em termos de saída de empresas, no ano passado a Portugal Ventures concretizou

18 "exits", destacando-se a venda da Zaask para a Worten, empresa de retalho de eletrónica do grupo Sonae, e do Mercadão para a Glovo, plataforma de entregas personalizadas.

 

O último "exit" foi a venda "com mais-valias" da Nata Pura, que foi adquirida pelo seu promotor.

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