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PortoJoia chega a Lisboa em 2015

A maior feira de joalharia, ourivesaria e relojoaria vai investir 300 mil euros num evento de luxo na capital. As multinacionais estão a procurar a indústria portuguesa para produzir peças e montar relógios em Portugal.

Reuters
02 de Setembro de 2014 às 17:30
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A PortoJoia vai organizar em Maio do próximo ano um evento de dois dias num hotel de charme em Lisboa, direccionado para um segmento "bastante alto" em que está incluído a alta joalharia e o ouro, anunciou esta terça-feira, 2 de Setembro, a directora da feira, Amélia Monteiro.

 

Apontando que a organização de uma feira "ascende sempre a 300 mil euros", a organizadora frisou ser "necessário" fazer este investimento que será "bastante elevado" e admitiu que "o retorno não será imediato". Para a estreia na capital portuguesa irá ser convidado um estilista para organizar um desfile de moda, aproveitando as sinergias com os também sectores tradicionais do têxtil e do calçado.

 

Esta será uma das novidades para celebrar os 25 anos da feira profissional, que entre 25 e 28 de Setembro deste ano decorrerá novamente na Exponor, em Matosinhos. Cerca de 80 empresas têm presença assegurada e entre os oito mil visitantes esperados estarão grandes lojas internacionais, oriundas de Espanha, França, Suíça e Angola, convidadas para vir a Portugal às compras.

 

No entanto, esta será a última edição da PortoJoia no "formato mais tradicional". "Manteremos a marca, mas queremos um posicionamento diferente, mais moderno. O modelo ainda está a ser estudado em conjunto com várias agentes do sector", referiu Amélia Monteiro, garantindo apenas que o certame se vai manter no Norte do País.

 

O "brilho" industrial está na relojoaria

 

É precisamente na região Norte que moram quase metade das empresas do sector, com esta parcela a ascender a 80% se se considerar apenas a componente industrial. Esta é uma das conclusões do estudo sectorial encomendado à consultora Sigma, que avaliou o mercado português do comércio de retalho especializado em mil milhões de euros – o volume de negócios em 2012 –, impulsionado sobretudo pelas subidas do preço do ouro e do comércio de ouro usado durante a crise.

 

Já no que toca à indústria, o fabrico de joalharia e ourivesaria registou uma "contracção muito significativa" entre 2004 e 2012, com uma queda de 43% no emprego e de 38% no VAB (valor acrescentado bruto). Pelo contrário, o fabrico de relojoaria (incluindo componentes) cresceu 233% nesse mesmo período, associado a aumentos de 324% do VAB e de 176% do emprego.

 

No estudo, a dinâmica deste segmento é atribuída sobretudo ao "investimento directo estrangeiro por parte de multinacionais de origem suíça, francesa e alemã, ao aumento do nível de actividade de empresas existentes a produzir peças em regime de subcontratação e a trabalhar em processos de montagem de caixas de relógio e ainda a fenómenos recentes de empreendedorismo".

 

Por outro lado, as exportações não foram além dos 150 milhões de euros em 2012, com os relógios e componentes a representarem 75% das vendas ao exterior. França, Espanha, Estados Unidos, Suíça, Angola e Itália valem metade das exportações portuguesas do sector, que começam a ter "grande potencial" nas regiões da Ásia e Médio Oriente, com destaque actualmente para destinos como Hong Kong e Japão.

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