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Por terra, ar e mar. Transporte de passageiros cresce em toda a linha no terceiro trimestre

Transporte de passageiros por via fluvial teve o maior aumento percentual no terceiro trimestre, crescendo 19,9%. Comparando com igual período de 2019, só o volume de passageiros do metro ainda não recuperou.

Os novos navios elétricos vão renovar a frota da Transtejo.
Miguel Barreira
Diana do Mar dianamar@negocios.pt 06 de Dezembro de 2023 às 12:15

O transporte de passageiros manteve a tendência de crescimento no terceiro trimestre, com aumentos a dois dígitos registados aviões, comboios, barcos e metro, revelam dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os aeroporto nacionais movimentaram 20,9 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos), mantendo a rota de crescimento, com um aumento de 13,1% face ao mesmo período de 2022, mas abaixo do registado no trimestre anterior (+14,9%). Já comparando com o terceiro trimestre de 2019, a subida foi de 11,3%.

À luz dos dados do INE, o aeroporto de Lisboa concentrou 46,4% do movimento total de passageiros (9,7 milhões), registando um aumento de 11,5% (+5,6% face ao terceiro trimestre de 2019).

Seguiu-se o aeroporto do Porto, com 4,6 milhões, ou seja, 22,1% do volume de passageiros, o que reflete uma subida homóloga de 16%, bastante acima (18,3%) da marca do ano pré-pandemia. A fechar o pódio esteve o aeroporto de Faro, com 3,6 milhões, o equivalente a 17,4% do total, que viu o número de passageiros crescer 16,6% face a igual período do ano passado e 5,1% comparando com 2019.

Já por comboio, entre julho e setembro, viajaram 53,2 milhões de passageiros, ou seja, mais 19,1% do que no mesmo período de 2022, acima dos aumento de 12,8% no segundo trimestre, enquanto por metropolitano foram 63,7 milhões, refletindo uma subida de 16,2%, menor do que a de 18% registada no trimestre anterior. Face ao terceiro trimestre de 2019, registaram-se variações muito distintas: o transporte ferroviário de passageiros aumentou 15,3%, enquanto do de metro caiu 1,8%, refere o INE.

O transporte de passageiros por via fluvial, por seu turno, teve o maior aumento percentual no terceiro trimestre, crescendo 19,9% para 7,4 milhões de passageiros, contra o aumento de 18,7% no trimestre anterior e 4,1% acima do registado entre julho e setembro de 2019.

O transporte de passageiros no rio Tejo aumentou 28,7%, ou seja, acima da subida de 19,7% no segundo trimestre, para cerca de 5,1 milhões de passageiros (+5,1% face a igual período de 2019). A ligação Terreiro do Paço - Barreiro registou, por seu lado, um aumento de 25,3% (também acima dos 21,1% no entre abril e junho), transportando 2,6 milhões de passageiros, ou seja, mais 19,7% em relação a 2019.


Transporte de mercadorias com comportamentos distintos

Relativamente ao transporte de mercadorias, o INE indica que se registou um aumento por via ferroviária (+2,3%) e decréscimos por via marítima (-5,6%), via aérea (-6,1%) e rodoviária (-10,9%). Face ao terceiro trimestre de 2019, os transportes de mercadorias por via aérea, marítima e ferroviária aumentaram (+1,4%, +2% e +0,8%, pela mesma ordem), tendo o transporte por rodovia diminuído (-16,6%).

No porto de Sines movimentaram-se 10,7 milhões de toneladas de mercadorias entre julho e setembro, correspondendo a um decréscimo de 4,3% face ao mesmo período de 2022 (-2,6% no segundo trimestre deste ano). Já comparando com o mesmo período de 2019, observou-se um aumento de 24%.

Já as mercadorias movimentadas no porto de Leixões diminuíram 1,9%, após o aumento de 1,4% apresentado no trimestre anterior, traduzindo um forte decréscimo de 30,4% face ao mesmo intervalo de tempo no ano pré-pandemia. Por seu turno, o movimento de mercadorias no porto de Lisboa diminuiu 8,3%, depois da subida de 12,2% entre maio e junho, ficando 9% abaixo dos níveis de 2019.

Em sentido inverso, no porto de Setúbal, verificou-se um crescimento de 9,4% nas mercadorias movimentadas, que ainda assim traduz um abrandamento face ao aumento de 17,7% no trimestre anterior, sendo que face a 2019 a quebra é de 42,7%.

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