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PJ faz buscas a empresas de comunicação de Luís Bernardo e João Tocha

Em causa estão as contratações públicas atribuídas à Wonderlevel Partners de Luís Bernardo e à First Five Consulting de João Tocha.

04 de Julho de 2024 às 13:01
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A Polícia Judiciária (PJ) está a fazer buscas nas sedes das empresas de comunicação de Luís Bernardo e João Tocha, esta quinta-feira, avança o Now. Em causa estão as contratações públicas atribuídas a estas duas empresas - Wonderlevel Partners de Luís Bernardo e First Five Consulting de João Tocha - por várias câmaras municipais.

Segundo um comunicado da PJ, estão a ser cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, 10 buscas domiciliárias e 13 não domiciliária em organismos públicos, e 11 buscas não domiciliárias em empresas em Lisboa, Oeiras, Mafra, Amadora, Alcácer do Sal, Seixal, Ourique, Portalegre, Sintra e Sesimbra. Também a Câmara Municipal de Oeiras está a ser alvo de buscas, onde os inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção se encontram desde o início da manhã desta quinta-feira.
 
Este processo investiga se há ou não um expediente que passa por simular o concurso público de atribuição de bens e serviços a estas empresas.

Recorde-se que o empresário Luís Bernardo foi assessor de José Sócrates e trabalhou a comunicação do Tribunal Constitucional.

As diligências servem para consolidar as suspeitas de que as empresas de Luís Bernardo e João Tocha terão sido alvo de contratos, por ajuste direto ou por consulta prévia, em violação das regras aplicáveis à contratação pública, designadamente, dos princípios da concorrência e da prossecução do interesse público, causando elevado prejuízo ao Erário Público.

Em causa poderão estar os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, prevaricação, participação económica em negócio, abuso de poderes (titulares de cargos políticos) e abuso de poder (regime geral).

Os suspeitos apresentariam propostas de fornecimento de serviços de comunicação de algumas câmaras e, na verdade, com ligeiras diferenças de preços e com preços consertados, faziam com que a atribuição ficasse sempre em 'casa ', uma vez que são suspeitos de terem esquemas de parcerias a outros níveis.

Os empresários produziriam uma certa rotatividade na forma como se apresentariam a concurso junto das câmaras municipais.

Em 2022 a SÁBADO já tinha avançado que as empresas de Luís Bernardo e João Tocha entravam frequentemente nos mesmos concursos públicos, acabando por ser escolhidas em alternância.
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