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Petrolífera chinesa Sinopec diz que investimentos na Rússia "vão bem" apesar das sanções
Os "projetos e operações na Rússia estão a andar bem e não há risco de deterioração [de ativos] por enquanto", afirmou, esta segunda-feira, o presidente da Sinopec, Ma Yongsheng, em conferência de imprensa, citado pelo South China Morning Post.
A gigante Sinopec garantiu, esta segunda-feira, que a fábrica, fruto de um investimento estimado em 11 mil milhões de dólares, em construção na região de Amur, no extremo oriente russo, "está a andar bem", apesar das sanções impostas pelo Ocidente a Moscovo devido à invasão da Ucrânia.
Detida em 40% pela maior petrolífera chinesa e em 60% pela russa Sibur, a unidade começou a ser construída no leste da Sibéria em dezembro de 2020 e tem data de entrada em funcionamento prevista para 2024.
A unidade, colada à fronteira com Heilojiang, a província mais a nordeste da China, foi anunciada como a maior fábrica de transformação de produtos obtidos na extração de hidrocarbonetos em polímeros, grânulos usados para fabricar produtos em plástico, dotada de capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de polietileno e 400 mil de polipropileno, com a China como principal mercado.
A Sinopec suspendeu, no entanto, as conversações com a Rússia para uma unidade de gás idêntica à da região de Amur, avaliada em 500 milhões de dólares, segundo noticiou na sexta-feira a Reuters. A agência citou fontes não identificadas indicando que o ministério dos Negócios Estrangeiros da China tinha instado os gigantes estatais do petróleo e do gás, incluindo a Sinopec, a absterem-se de comprar ativos russos, a rever a sua exposição no país e a planear potencais disrupções dos negócios.
A Sinopec fechou 2021 com lucros líquidos de 72 mil milhões de yuan (10,2 mil milhões de euros) - o valor mais elevado desde 2012.