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Petrobras contrata Citigroup, Bradesco e Santander para vender activos

A Petrobras está a trabalhar com os bancos Citigroup, Bradesco e Santander Brasil para vender participações em três empresas, como parte do plano de desinvestimento para poupar 13,7 mil milhões de dólares (13 mil milhões de euros).

Bloomberg
20 de Março de 2015 às 18:26
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De acordo com a agência financeira Bloomberg, que cita quatro fontes que estão envolvidas nas negociações, mas que não podem ser nomeadas, a Petrobras está a trabalhar com o Citigroup e com o Bradesco para ser aconselhada na venda da participação na Petrobras Distribuidora, conhecida como BR, a maior distribuidora de petróleo e derivados na América Latina, e recorreu ao Santander Brasil para desinvestir na Transportadora Associada de Gas (TAG).

 

O objectivo deste aconselhamento é conseguir aumentar o patamar de poupanças de 11 mil milhões de dólares até 2018 para 13,7 mil milhões, como parte do esforço de recuperação financeira que a empresas está a fazer para conseguir cumprir os compromissos financeiros, nomeadamente os pagamentos da dívida.

 

O plano financeiro que a empresa está a delinear para ultrapassar a má situação financeira e o envolvimento "no maior escândalo de sempre de corrupção no Brasil", como o descreve a agência Bloomberg, não é, no entanto, bem aceite por todos.

 

Numa entrevista à Bloomberg, o administrador Silvio Sinedino disse que estas operações equivalem a "vender o almoço para comprar o jantar", e criticou a venda de activos importante numa altura em que as condições de mercado não são favoráveis: "Quando os compradores sabem que nós precisamos de vender, os activos desvalorizam-se. As condições de mercado são muito más, o dólar está em alta, o preço do petróleo está em baixa... é uma altura terrível para vender", disse o administrador.

 

A lista de activos cuja venda pode avançar está a ser compilada por uma equipa da Petrobras liderada por Isabela Carneiro, que responde directamente ao director financeiro, Ivan Monteiro, e pode ainda ser modificada.

 

Segundo a Bloomberg, a Petrobras falhou o objectivo de desinvestimento nos últimos quatro anos, essencialmente por a administração estar habituada a expandir as operações, e não a vender activos.

 

A Petrobras enfrenta uma difícil situação financeira e legal, estando sem emitir dívida desde o ano passado, devido às condições adversas do mercado financeiro, nomeadamente a falta de confiança dos investidores, que levou a Moody's a descer o 'rating' em dois níveis, para 'lixo', e as investigações sobre o escândalo de corrupção financeira conhecido como Lava-Jato, que envolve também importantes figuras políticas brasileiras.

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