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Patrão dos patrões das empresas familiares: “Temos que ser os campeões do emprego”

O presidente da Associação das Empresas Familiares quer que este tipo de empresas assuma as críticas e dê resposta nos campos do emprego, sustentabilidade e inovação. “Preparem-se para a mudança”, desafia

Peter Villax, presidente da Associação das Empresas Familiares. Miguel Baltazar
27 de Novembro de 2019 às 14:05
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No fecho da sessão de apresentação do Barómetro Europeu de Empresas Familiares, Peter Villax mostrou-se confiante no papel destas empresas no futuro da economia do país, mas não esqueceu os desafios. "O que é difícil é lidar com um acionista que é meu pai, meu filho, meu irmão", afirmou o presidente da Associação das Empresas Familiares (AEF), para quem "isso obriga a competências emocionais que não existem na relação com investidores que só vejo uma vez por ano".

 

"Para subirmos de divisão precisamos de administradores independentes não familiares", acredita o mesmo dirigente associativo, lembrando o exemplo do que aconteceu com o grupo Vista Alegre. "Eu ia àquelas assembleias para perceber como é que não se fazem as coisas", disse Peter Villax, que é também presidente da Hovione Capital.

 

Para o presidente da AEF, além do desafio da entrada de investidores externos, as empresas familiares devem também mudar a atitude quanto à comunicação. "Quando aparecemos na comunicação social, é pelos maus motivos. Temos que ser mais abertos à sociedade, falar da nossa contribuição para o emprego", considerou Peter Villax.

 

Aliás, o emprego é a grande bandeira defendida pelo presidente da AEF, juntamente com os conceitos de sustentabilidade e inovação. "Temos que ser os campeões destes conceitos", lançou.

 

Lembrando que "são as empresas que criam emprego", um tecido que abrange três quartos das empresas em Portugal e dois terços do PIB, tem que "assumir o seu papel essencial no emprego e vamos conseguir isso com inovação, temos que recorrer cada vez mais à ciência para fazer produtos com mais margem". Até porque, afirmou Peter Villax, "não interessa vender mais se ganhamos pouco com o que vendemos".

 

Os dados do Barómetro Europeu de Empresas Familiares, elaborado pela KPMG, foram apresentados esta quarta-feira, 27 de novembro, na Fundação Serralves, no Porto, numa iniciativa promovida em parceria com o semanário Expresso.

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