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ParaRede reduz prejuízos para 14,75 milhões de euros; equilíbrio operacional metade 2003

A ParaRede terminou o primeiro semestre deste ano com um prejuízo de 14,75 milhões de euros, menos que os 71,49 milhões de euros registados em 2001. As receitas deslizaram 43,1%, mas subiram no segundo trimestre, face aos primeiros três meses do ano.

25 de Setembro de 2002 às 20:41
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A ParaRede anunciou hoje que terminou o primeiro semestre deste ano com um resultado líquido negativo de 14,75 milhões de euros, menos que os 71,49 milhões de euros registados no período homólogo do ano passado. As receitas deslizaram 43,1%, mas subiram no segundo trimestre, face aos primeiros três meses do ano.

Os prejuízos do primeiro semestre deste ano comparam com os resultados líquidos negativos de 71,48 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2001, que foram agravados devido aos custos com o processo de reestruturação que a empresa efectuou.

Nos primeiros três meses de 2002 a ParaRede teve prejuízos de 4,2 milhões de euros.

No primeiro semestre deste ano as receitas da ParaRede [PARA] caíram 43,1% para 11,96 milhões de euros. No entanto a empresa afirma que registou uma progressão positiva de 13% no segundo trimestre, face aos primeiros três meses de 2002.

A empresa destaca que «regista evolução positiva da margem EBITDA durante o primeiro semestre de 2002, de acordo com o objectivo de reequilíbrio operacional da empresa».

A margem EBITDA, no segundo trimestre de 2002, foi negativa em 33%, contra os menos 55% verificados no primeiro trimestre. O EBITDA desceu de 3,089 para 2,09 milhões de euros, entre os dois trimestres deste ano.

A ParaRede diz ainda, no segundo trimestre os custos fixos desceram 10,7% para 6,8 milhões de euros, e que a empresa está a registar baixas nos custos.

«Esta tendência é mais evidente quando comparados os valores semestrais com o período homólogo, ao verificar-se uma redução total dos custos fixos de cerca de 32%, resultado da redução de 39% dos Custos com Pessoal e de 18% dos FSE», refere a empresa num comunicado. No âmbito da reestruturação a ParaRede reduziu o número de colaboradores de 699 para 437 em Junho de 2002.

No primeiro semestre o EBITDA ajustado de Trabalhos para a Própria Empresa apresentou um valor de negativo de 5,292 milhões de euros, registando uma melhoria de cerca de 41% comparativamente a um valor negativo de 8,998 milhões de euros do período homólogo de 2001. «Este fenómeno resulta dos efeitos da implementação do Plano de Restruturação, em particular ao nível da orientação e redimensionamento dos negócios do Grupo e da racionalização da estrutura de custos», refere a empresa em comunicado.

Equilíbrio operacional até à primeira metade de 2003

A ParaRede reiterou as metas de atingir uma situação de equilíbrio operacional até à primeira metade de 2003, depois de terminado o processo de reestruturação.

« Terminada a restruturação do Grupo e resolvido o conjunto de contingências que condicionavam a actividade da empresa, encontram-se restabelecidas as condições de base para se iniciar um novo ciclo empresarial, que terá como objectivo fundamental o crescimento progressivo e rentável que conduza ao equilíbrio operacional do Grupo», acrescenta o comunicado.

A ParaRede afirma que «apesar da evolução previsível da actual conjuntura de mercado indiciar um adiamento da retoma do investimento, quer público, quer privado, esta actuação prioritária ao nível do top-line procura alcançar os níveis de equilíbrio operacional até à primeira metade de 2003».

A Revisora Oficial de Contas da empresa emitiu uma reserva por limitação de âmbito às contas semestrais da ParaRede, afirmando que «não nos foram fornecidas as informações necessárias para determinar se a totalidade do valor do Trespasse relevado no Balanço referente à aquisição da empresa Eurociber, no valor de 35.760.752 Euros, será recuperada em anos subsequentes através dos resultados dessa entidade, ou se parte deste valor deveria já ter sido apresentado como uma perda e relevada na Demonstração de Resultados».

Por Nuno Carregueiro

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