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Pandemia já tirou 200 mil portugueses dos ginásios

A associação do setor do “fitness” fala no encerramento de 300 clubes e na perda de cinco mil postos de trabalho por causa da covid-19. O segundo período de confinamento levou mais clientes a rescindir os contratos.

William Choquette / Pexels
28 de Junho de 2021 às 11:11
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Quase 200 mil portugueses já decidiram abandonar os ginásios desde o início da pandemia de covid-19, que fechou perto de 300 clubes e deixou sem emprego perto de cinco mil profissionais deste setor.

 

Os números da a associação que representa o setor (Portugal Ativo), citados pelo DV esta segunda-feira, 28 de junho, mostram o impacto do coronavírus nesta atividade, que fechou portas durante os confinamentos decretados pelo Governo.

 

Em termos de negócio, a associação liderada por José Carlos Reis faz uma estimativa em linha com os dados avançados no mês passado pela consultora Informa D&B, que confirmou uma quebra de cerca de 40% em 2020, em termos homólogos, para um total de 175 milhões de euros.

 

"O impacto foi enorme. No primeiro confinamento, os clubes conseguiram ter alguma retenção de clientes com as aulas e treinos online, [mas no encerramento no arranque de 2021] a situação foi mais difícil porque as pessoas estavam já cansadas do online e houve muitos novos cancelamentos", frisou ao mesmo jornal o porta-voz da Portugal Ativo.

 

Entre as propostas defendidas pela associação do setor estão a dedução em sede de IRS de parte das despesas realizadas pelo cliente, benefícios no IRC para as empresas que pagam ou subsidiam a mensalidade dos colaboradores no ginásio e ainda a redução da taxa do IVA nesta atividade, que está no máximo de 23%.

 

A Informa D&B espera uma recuperação ainda limitada do negócio em 2021, projetando antes a aceleração no crescimento do setor para 2022, "num cenário de previsível imunização da maior parte da população portuguesa e europeia e de eliminação das restrições sanitárias". Ainda assim, prevê que no próximo ano "o volume de negócios setorial fique ainda aquém do registado em 2019".
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